O volume de negócios da indústria voltou a cair em maio, em termos homólogos, mas o recuo foi menos acentuado do que se tinha verificado no mês anterior, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os bens intermédios e a energia foram os agrupamentos que mais pressão fizeram no quinto mês do ano.
“Em termos homólogos e nominais, o índice de volume de negócios na indústria apresentou uma redução de 1,7% em maio, após ter diminuído 4,5% no mês anterior”, sublinha esta manhã o gabinete de estatísticas.
Numa análise por mercados, é possível perceber: por um lado, as vendas para o mercado nacional caíram 1,4%, tendo contribuído com -0,8 pontos percentuais (p.p.) para a variação do índice total; E, por outro, as vendas para o mercado externo diminuíram 2,2%, contribuindo com -0,9 p.p. para a variação do índice total.
Já no que diz respeito aos agrupamentos, os bens intermédios estão em destaque, pois deram “o contributo negativo de maior intensidade para a variação do índice total”, isto é, -3,6 p.p., uma vez que o volume de negócios neste caso caiu 9,5% em maio.
Também a energia pesou sobre as vendas da indústria: como uma redução de 9,7% do volume de negócios contribuiu com -2,2 p.p. para a variação do índice total.
Em contraste, os bens de consumo aceleraram 6,3 p.p., para 8,0%, tendo contribuído com 2,1 p.p. para a variação do índice total. E os bens de investimento cresceram 14,2% e contribuíram com 2,0 p.p. para a variação do índice agregado.
O INE releva ainda que os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas apresentaram, respetivamente, variações homólogas de 0,8%, 8,4% e 1,2%, respetivamente. Ou seja, apesar da quebra do volume de negócios, a indústria passou a empregar mais pessoas e a pagar melhores salários em maio de 2023, face ao registado há um ano.
Atualizada às 11h18
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