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Lisboa passa a ter sistema de recolha e reciclagem de cápsulas de café

A iniciativa de recolha e reciclagem de cápsulas de café descartáveis, que já decorre em Cascais e Guimarães, chega à capital. Protocolo foi assinado entre a autarquia e seis empresas produtoras. Até ao fim do ano, sistema chega a Cantanhede e Almada.
11 Julho 2023, 14h58

Lisboa passa a partir desta terça-feira a dispor de um sistema de recolha e reciclagem de cápsulas de café. A iniciativa, que teve arranque em Cascais no final do ano passado, já está em operação em Guimarães, desde junho. O protocolo foi assinado esta manhã, nos Paços do Concelho, entre a autarquia e seis empresas que representam até 13 marcas diferentes de café.

Participam do projeto a Delta Cafés, a JMV, a Massimo Zanetti Beverage Iberia, a Nestlé Portugal, a NewCoffee e a UCC.

A iniciativa chega a Cantanhede e Almada até ao final deste ano, antecipa a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), que encabeça o projeto.

O sistema “visa disponibilizar aos consumidores um sistema mais conveniente e de proximidade, através de ecopontos dedicados para assegurar a circularidade e o descarte das cápsulas de café usadas”, diz a a associação empresarial.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, diz que este é “mais um passo para a descarbonização da cidade de Lisboa”.

“O combate às alterações climáticas faz-se com grandes projetos transformadores que implicam investimentos significativos – como mudar 16 mil luminárias para tecnologia LED ou tornar os transportes públicos gratuitos para jovens e idosos –, mas também com ações do quotidiano, como esta que agora iniciamos, e que têm a capacidade de mobilizar os cidadãos para uma causa que é de todos”, sublinha o autarca.

O vereador de higiene urbana da CML, Ângelo Pereira, destaca que a capital já dispõe de três ecocentros móveis “que circulam três dias por cada uma das 24 freguesias e que, desde janeiro já permitiram recolher cinco toneladas de vários materiais, incluíndo CDs, toner ou tachos e panelas”.

As cápsulas de cafe representam uma tonelada dos resíduos depositados nesses ecocentros, sublinha o responsável, que determina que o objetivo é “adaptar o fluxo de cápsulas nos ecocentros e duplicar as quantidades recolhidas até ao fim do ano”.

“O objetivo é conseguir reciclar 65% dos resíduos urbanos até 2030”, salienta Pereira.

A secretária geral da AICC, Cláudia Pimentel, explica que as cápsulas depositadas nos ecopontos amarelos “iam para refugo e acabavam por não ser recicladas”.

“Assim, graças à congregação de esforços destas seis empresas e â intensa colaboração com cada vez mais autarquias do país, optámos por esta solução de recolha dedicada”, acrescenta a responsável.

Em Cascais, o projeto já conseguiu recolher quase 4 toneladas de cápsulas, entre 25 de novembro de 2022 e 31 de maio deste ano. Já Guimarães tem pontos de recolha nas suas 48 freguesias e em duas dezenas de supermercados.

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