O Comité Económico e Social Europeu (CESE) destacou o forte impacto dos preços elevados na economia da UE e pediu aos governos nacionais que implementem medidas para ajudar famílias vulneráveis e sectores essenciais.
Em comunicado, o CESE apontou que “a inflação na União Europeia é a mais alta desde a introdução do euro”. “Atualmente, 96,5 milhões de europeus estão em risco de pobreza e exclusão social: estes cidadãos são os mais afetados por um aumento generalizado dos preços dos bens e serviços, aumento dos custos da energia e perda do poder de compra”, indicou o comité.
Segundo o CESE “as declarações de falência na UE atingiram o nível mais alto já registado. De acordo com um índice do Eurostat, o nível de falência na UE é agora de 113,1 em comparação com o valor de referência de 100 em 2015”.
No comunicado é citado um estudo do Eurobarômetro onde “41% dos entrevistados disseram que os preços, a inflação e o custo de vida estavam entre os maiores problemas enfrentados pelo seu país, à frente da saúde (32%) e da situação econômica (19%)”.
Entre os sectores que mais impactam está o da energia que teve um peso elevado na economia europeia. “Os elevados preços da energia, das matérias-primas, dos serviços e dos bens industriais resultaram numa inflação elevada e no enfraquecimento do crescimento económico, exercendo uma forte pressão sobre as finanças públicas e as empresas, minando a competitividade económica externa”, referiu o CESE.
O CESE pede aos governos que incentivem “as empresas e as famílias a implementarem medidas de poupança e eficiência energética que reduzam permanentemente a procura de energia”. “Para tal, a UE deverá reduzir a sua dependência dos combustíveis fósseis, reformar o mercado da eletricidade e reforçar o investimento nas energias renováveis”.
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