[weglot_switcher]

Menos iPhones, mais Apple TV. Vendas da Apple caem há três trimestres consecutivos

Não acontecia nada assim desde 2016. Há três trimestres consecutivos que as vendas do gigante tecnológico caem, um fenómeno explicado pela menor apetência por iPhones. Vendas de serviços como Apple TV e Apple Music estão a crescer.
4 Agosto 2023, 08h33

A tecnológica Apple fechou esta quinta-feira o terceiro trimestre consecutivo de descida de lucros, e essa quebra deveu-se a uma desaceleração na venda de iPhone (o produto estrela do gigante tecnológico liderado por Tim Cook), iPad e Mac. Assim, as vendas totais da Apple entre abril e junho caíram 1,4% para 74,7 mil milhões de euros mas o lucro líquido cresceu 2,3% para 18 mil milhões de euros.

iPhone da Apple de 2007 vendido por mais de 190 mil dólares num leilão

Depois de um período de vendas fulgurante durante a pandemia, a venda de iPhones retrocedeu 2,45% neste período depois de terem crescido quase 3% em 2022 e 1,5% no trimestre que finalizou em março. Mesmo assim, o iPhone ainda concentra quase metade das vendas do gigante tecnológico com receitas superiores a 36 mil milhões de euros.

Os analistas esperam que o terceiro trimestre do ano (julho a setembro) traga um novo impulso às vendas do telemóvel da Apple tendo em conta que será lançado o novo iPhone 15 que traz uma novidade: uma entrada USB-C, utilizada de forma universal em todos os restantes modelos de telemóvel.

As vendas de Mac e iPad caíram 7,34% y e 19,84%, respetivamente, para 6,2 mil milhões e 5,2 mil milhões de euros. Em contraciclo, as vendas dos designados ‘wearables’, que incluem o Apple Watch e os AirPods, assim como outros acessórios subiram 2,47% e alcançaram 7,5 mil milhões.

Com a descida na venda de equipamentos (sobretudo iPhones, Mac e iPads), é nos serviços que a Apple tem vindo a alicerçar algum crescimento, o que inclui vendas na App Store, Apple TV+ e Apple Music, uma área que cresceu 8,21%, para 19,3 mil milhões de dólares. Esta unidade de negócio, que se tornou mais rentável que o hardware, passou a representar 15% das vendas de tecnológica no início de 2022 e já vale agora 26% das suas receitas. Por outro lado, os equipamentos caíram 84% para 74% do total.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.