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Marta Temido avisa que comprar vacinas à margem da UE não pode comprometer contratos já existentes

As declarações surgem depois da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas ter admitido que Portugal está a equacionar a aquisição de mais vacinas fora do contingente europeu.
8 Janeiro 2021, 13h25

A ministra da Saúde, Marta Temido, defende que a compra de vacinas à margem dos acordos feitos pela União Europeia não pode comprometer os acordos europeus que já existam.

Nas declarações citadas, esta sexta-feira, pela “Reuters”, a responsável pela pasta da Saúde argumenta que os estados da União Europeia devem tentar manter ao máximo uma estratégia conjunta no combate à pandemia – incluindo na aquisição de vacinas.

Marta Temido acredita que isso não impede os estados de procurarem outros negócios relacionados com vacinas se precisarem de o fazer para suprirem as suas necessidades. No entanto, a governante realça que esses acordos paralelos “não podem representar qualquer risco” para os acordos da UE que já estão em vigor.

As declarações surgem depois de Graça Freitas, a diretora-geral de Saúde, ter afirmado que o Governo está a estudar a hipótese de adquirir vacinas contra a Covid-19 fora do contingente europeu.

Porém, uma vez que ainda não existe nenhum contrato entre Portugal e farmacêuticas que estejam a desenvolver a vacina, o país fica dependente dos acordos já alcançados pela União Europeia. De acordo com a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen o bloco europeu tem assegurado um lote de duas mil milhões de doses contra a Covid-19. Uma quantidade que é assegurada graças aos fármacos já desenvolvidos pela Pfizer-BioNTech (600 milhões de doses) e a Moderna (160 milhões) e pelas potenciais vacinas da AstraZeneca (300 milhões), Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões) e da Curevac (405 milhões).

A Pfizer-BioNTech foi a primeira a receber ‘luz verde’ da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e da CE para avançar com a distribuição da vacina pelos 27 Estados-membros, sendo que Portugal recebeu até ao final de dezembro, 79.750 mil doses. Até ao momento, segundo a ministra da Saúde já chegaram ao território nacional 140 mil doses, sendo que as autoridades sanitárias portuguesas esperam receber cerca de 2,2 milhões de doses deste fármaco, na sua totalidade.

Quanto à vacina da Moderna, que recebeu a aprovação do regulador europeu e de Bruxelas, esta semana, Portugal vai receber deverá receber, 227 mil doses até ao fim do primeiro trimestre. Em Portugal, já foram administradas 70 mil doses.

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