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Máscaras e distanciamento social ajudaram na contenção do vírus de Covid-19

Um estudo da Royal Society, denominado ‘Covid-19: examinar a eficácia das intervenções não farmacêuticas’, concluiu que as intervenções não farmacêuticas, que incluem o distanciamento social e uso de máscara, a conter a propagação do vírus de Covid-19.
24 Agosto 2023, 13h40

As medidas tomadas durante o período de Covid-19, as restrições, o distanciamento social e o uso de máscaras faciais, reduziram “inequivocamente” a propagação do vírus, segundo conclusões do relatório da Royal Society, denominado ‘Covid-19: Examinar a eficácia das intervenções não farmacêuticas’.

Os especialistas analisaram a eficácia das intervenções não farmacêuticas, que incluem o distanciamento social, o uso de máscara, confinamentos, rastreios, testes de despiste, restrições, isolamento e controlos de viagens através das fronteiras, revendo as evidências recolhidas durante a pandemia para este grupo de intervenções não farmacêuticas e analisando a sua eficácia na redução da transmissão.

Quando avaliados individualmente, existiram evidências positivas, embora que limitadas, de redução na transmissão do vírus, quando estas intervenções não farmacêuticas eram utilizadas. Contudo a evidência de um efeito positivo foi clara quando os países utilizaram a combinação de várias intervenções não farmacêuticas, revela o estudo.

As evidências mostraram que as intervenções não farmacêuticas foram mais eficazes quando a intensidade da transmissão era baixa, apoiando a sua utilização no início de uma pandemia e ao primeiro sinal de ressurgimento.

Durante uma fase inicial de resposta a uma doença infecciosa emergente, as intervenções não farmacêuticas tendem a ser os únicos controlos disponíveis antes do desenvolvimento de tratamentos com medicamentos e vacinas.

No entanto, e como foi observado durante a pandemia, a sua utilização pode ter consequências pessoais, educativas e económicas adversas, tornando essencial a avaliação da sua eficácia. O professor Sir Mark Walport, secretário de Relações Exteriores da Royal Society e presidente do grupo de trabalho de especialistas do relatório, afirmou que “existem evidências suficientes para concluir que a implementação precoce e rigorosa de pacotes de intervenções não farmacêuticas complementares foi eficaz na limitação das infeções por Sars-CoV-2″.

“Isto não significa que todas as intervenções não farmacêuticas foram eficazes em todos os contextos ou em todos os momentos, mas aprender as lições através da riqueza das investigações geradas nesta pandemia vai ser fundamental para nos equiparmos para a próxima”, salienta o professor Sir Mark Walport.

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