O Observatório Meteorológico de Hong Kong elevou o alerta devido ao super tufão Saola para o segundo nível mais elevado, que ameaça tornar-se o mais forte, em décadas, a atingir o sul da China, incluindo Macau.
“O sinal de tempestade 9 foi emitido (…). Isto significa que se espera que os ventos se intensifiquem significativamente”, informou, instando as pessoas a não saírem à rua, a manterem-se afastadas de portas e janelas expostas e a procurarem abrigos seguros.
Em Macau, Hong Kong e outras cidades costeiras da China continental, os transportes e os serviços públicos foram suspensos, assim como o início do ano letivo, adiado para a próxima semana. A negociação na bolsa de Hong Kong foi suspensa e cerca de 460 voos foram cancelados em Hong Kong, e mais de uma centena em Macau.
As autoridades ferroviárias da China continental suspenderam todos os comboios que entravam ou saíam da província de Guangdong até sábado à noite, informou a televisão estatal CCTV.
Segundo os serviços meteorológicos de Hong Kong, o Saola – com ventos máximos sustentados de 210 quilómetros por hora – deverá atingir o ponto mais próximo por volta da meia-noite, a cerca de 40 quilómetros a sul da zona comercial de Tsim Sha Tsui. As autoridades de Macau também alertaram para a probabilidade de o super tufão passar a menos de 50 quilómetros do território.
Ambas as regiões administrativas especiais chinesas admitiram a possibilidade de emitirem o sinal de alerta mais elevado.
Hong Kong alertou para graves inundações nas zonas costeiras e disse que o nível máximo da água poderá ser semelhante ao registado quando o super tufão Mangkhut, em 2018, derrubou árvores e arrancou andaimes de edifícios na cidade.
Ao memso tempo, Macau elevou para o segundo nível mais elevado o alerta para inundações, que podem atingir sobretudo as zonas mais baixas da cidade.
Centenas de pessoas procuraram abrigo nos centros de acolhimento de Hong Kong e Macau.
No centro tecnológico e financeiro de Shenzhen, na província de Guangdong, o gabinete de gestão de emergências ordenou a suspensão dos trabalhos, das atividades comerciais e dos transportes públicos, uma vez que se espera que o tufão atinja a cidade ou as zonas próximas hoje à noite. A utilização das autoestradas da cidade foi proibida, exceto para as equipas de salvamento.
Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau anunciaram já que é “alta” a probabilidade de emitirem o sinal 9 de tufão esta noite (tarde em Lisboa), o segundo mais elevado na escala de alertas, admitindo como “moderada” a possibilidade de subir para 10 na manhã de sábado.
As fronteiras foram encerradas, assim como a circulação rodoviária nas pontes.
O Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong anunciou também o encerramento temporário, até que o grau de alerta desça para o nível 3.
Em Macau, a escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.
Os avisos para as inundações têm cinco níveis: azul, amarelo, laranja, vermelho e preto.
Em setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território. Um ano antes, o Hato causou 10 mortos e 240 feridos.
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