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Randstad: 42% dos desempregados não têm ensino médio ou superior

Estudo elaborado com base em dados de cinco organismos oficiais, divulgado esta quinta-feira, revela que o número de pessoas em teletrabalho em Portugal aumentou 23 mil no segundo trimestre de 2023, alcançando 960 mil.
desemprego
7 Setembro 2023, 11h36

A população ativa diminuiu em 1.100 pessoas no segundo trimestre, situando-se nos 5,3 milhões, revela estudo da Randstad, que contempla 50 destaques do mercado de trabalho no segundo trimestre, divulgado esta quinta-feira, 7 de setembro. Uma fatia de 32,1% das pessoas ativas têm qualificação no ensino superior e a sua taxa de atividade é a mais alta: 84,5%, comparativamente com as pessoas com ensino secundário e pós-secundário. Relativamente ao género, 50,1% dos ativos são homens e 49,9% mulheres.

O estudo é elaborado com base em dados do Instituto Nacional de Estatística, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Ministério do Trabalho, Banco de Portugal e Eurostat.

Segundo a Randstad, o número de pessoas empregadas aumentou 54,7 mil no segundo trimestre, situando-se em 4,98 milhões o número de profissionais e em 57% a taxa de emprego.

As atividades científicas e intelectuais são o maior grupo profissional, com o equivalente a 22,5% de todos os empregados do país. Já a indústria transformadora gera 16,5% de emprego e o comércio 14,0%. Nos serviços, os sectores da saúde e da educação empregam 18,3% do total. O número de pessoas em teletrabalho aumentou em 23 mil no segundo trimestre de 2023, alcançando as 960 mil pessoas.

Segundo o estudo, o emprego nas administrações públicas aumentou 4.580 pessoas e alcançou os 747.707 profissionais. O maior grupo neste sector é o de assistente operacional/operário auxiliar, com 168.778 profissionais, o que equivale a 22,6% do emprego público. Na área da saúde e educação, atuam 37,3% de pessoas das administrações públicas.

A Randstad mostra ainda que a população desempregada diminuiu em 55.800 pessoas, no segundo trimestre de 2023, o que levou o número para 324,5 mil desempregados. Destes, uma fatia de 46,7% está à procura de emprego há mais de um ano.

A análise também refere que a taxa de desemprego situou-se no 6,1% e diminuiu -1,1 pontos percentuais tanto para homens como para mulheres. Atualmente a diferença entre cada um dos grupos é de 0,6 p.p. Segundo estes dados, assinala a Randstad, foi possível concluir que 42% dos desempregados não têm ensino médio ou superior, o que dificulta a saída do desemprego, tornando-se um obstáculo. Foi ainda possível perceber que as regiões Centro e Algarve são as que registam menor taxa de desemprego, enquanto que Lisboa tem a taxa mais alta e o Norte mais desempregados.

Os dados apresentados esta quinta-feira mostram ainda que 75% dos desempregados registados são do sector dos serviços, principalmente de atividades imobiliárias, administrativas e de apoio, com 80.362 pessoas desempregadas em julho de 2023.

Relativamente à análise internacional, há a referir que no primeiro trimestre de 2023, a taxa de atividade em Portugal foi superior à média europeia, na faixa etária dos 16 aos 64 anos. Também a taxa de emprego em Portugal, na mesma faixa etária, supera a média europeia. Porém, 37,4% das pessoas empregadas em Portugal apresenta uma qualificação baixa. Aqui, no primeiro trimestre, a taxa de desemprego em Portugal foi nove décimos acima da média europeia.

“A análise dos 50 destaques relativos ao segundo trimestre permite compreender como está a evoluir o mercado de trabalho em Portugal. Consideramos que é muito importante para a consolidação de algumas ideias sobre o estado do emprego e para compreender as evoluções no mercado.  É uma atividade que nos permite identificar pontos críticos para que possamos encontrar melhores soluções e ajudar pessoas, que é a nossa prioridade”, explica Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal.

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