Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 30 de setembro, nas bancas.
A Habitação foi, há cinco anos, a entrada de leão e a saída de sendeiro de Ricardo Robles – o então vereador do Bloco de Esquerda que incendiava Lisboa em nome do direito à Habitação… até se descobrir que era mestre no negócio imobiliário (comprara um prédio à Segurança Social por 347 mil euros, recuperara-o e vendera-o por uns módicos 5,7 milhões). Mas o PCP também não escapa à acusação de praticar aquilo a que o partido chama de “especulação imobiliária”. Nesta semana, voltou às notícias e a ser tema no Parlamento a sede do partido em Aveiro, com a Vivenda Aleluia – que o PCP ocupou no 25 de Abril, depois arrendou ao reaparecido proprietário e em 2014 comprou – transformada agora num prédio de sete andares com casas à venda por meio milhão de euros.
O PCP garantiu, em comunicado emitido na quinta-feira, que “não é proprietário do espaço onde funcionou o Centro de Trabalho de Aveiro”. “Foi feita uma permuta, no seguimento da qual reverterá para o PCP exclusivamente o espaço equivalente às instalações que detinha, nomeadamente para garantir o centro de trabalho, que de outra forma seria impossível manter pelas exigências e encargos financeiros que se colocavam para a sua conservação.”
Ao NOVO, o PCP frisa que essa permuta não implicou o recebimento de qualquer valor. “O PCP não é proprietário do espaço onde funcionou o Centro de Trabalho de Aveiro. Foi feita uma permuta, no seguimento da qual reverterá para o PCP, exclusivamente, o espaço equivalente às instalações que detinha, nomeadamente para garantir o centro, que de outra forma seria impossível manter pelas exigências e encargos financeiros que se colocavam para a sua conservação.” Diz ainda o partido que “o PCP não é responsável pelas obras em curso, nem é proprietário dos imóveis que se encontram à venda, cujos valores são da exclusiva responsabilidade do atual proprietário”. Segundo o Polígrafo, que teve acesso ao documento, a permuta foi assinada apenas a 26 de junho de 2023 com a Empresa de Gestão Imobiliária e Construção Lda.
A demolição da casa para nascer um prédio é, porém, um projeto antigo. Em 2006, o partido ajudou a travar os planos do então proprietário da Vivenda Aleluia, com a câmara de Aveiro a acolher nessa altura o parecer do Instituto Português do Património Arquitetónico que reconhecia o interesse da casa construída na década de 30, com azulejos na fachada da antiga Fábrica Aleluia.
Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 30 de setembro, nas bancas.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com