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Da Zara à Decathlon. Conflito entre Israel e o Hamas obriga empresas a suspender operações

“Esperamos dias mais tranquilos”. A mensagem que surge no site israelita da Decathlon resume o sentimento das marcas internacionais face ao escalar do conflito no Médio Oriente. Grande parte encerram temporiamente as suas operações e estão a pedir aos seus trabalhadores para optar pelo teletrabalho.
Israel
Lusa
13 Outubro 2023, 10h57

O conflito entre Israel e o Hamas, que tem vindo a escalar desde o sábado passado, obrigou dezenas de empresas de cariz internacional a suspender ou a reavaliar as suas operações no país liderado por Benjamin Netanyahu.

Desde o passado sábado que algumas das cadeias internacionais que operam em Israel têm vindo a transmitir diretrizes aos seus empregos no sentido de evitar deslocações em trabalho e de privilegiar o teletrabalho

Conta o espanhol “El Economista” (que dá destaque às marcas de origem espanhola que estão a adaptar-se aos tempos de turbulência no Médio Oriente), que as repercussões do conflito entre Israel e o Hamas começam a fazer-se sentir na economia local e internacional. “Para salvaguarda das suas operações, uma grande quantidade de empresas com presença em Israel decidiram fechar portas, porém de forma temporária”, conta o jornal.

Dos transportes às petrolíferas, passando pela banca, logística, tecnologia e retalhistas, a Reuters fez o levantamento das multinacionais que optaram por alterar as condições dos seus trabalhadores neste período de grande incerteza naquela região.

Foram várias (e de distintas proveniências) as companhias aéreas que decidiram suspender os voos diretos para Tel Aviv. A norte-americana Delta Air Lines optou por manter esses voos em suspenso até ao final deste mês e garantiu que vai continuar a avaliar em que data será possível retomar essa operação. A norueguesa Norwegian Air chegou mesmo a cancelar um voo de evacuação previsto entre Tel Aviv e Oslo devido a falta de cobertura de seguro. A situação chegou mesmo aos cruzeiros com a Royal Caribbean a vir a público esclarecer que está a ajustar vários itinerários naquela zona e que os clientes estão a ser notificados de eventuais alterações. O mesmo sucede com a Carnival, sendo que esta companhia recusa qualquer tipo de escalas em portos de Israel neste momento. Do lado da InterContinental Hotels Group, surgiu um comunicado a relatar um reforço das medidas de segurança na sua cadeira de hotéis e nos arredores enquanto outras cadeias hoteleiras optaram pelo encerramento temporário das unidades mas apenas em Tel Aviv, mantendo as operações noutras cidades do país.

Do lado dos bancos de investimento, JP Morgan Chase, Goldman Sachs, Morgan Stanley optaram pela mesma solução: todos os trabalhadores devem ficar em teletrabalho até ordens em contrário. A sucursal do Bank of America em Tel Aviv vai encerrar operações temporariamente e a multinacional de cartões de crédito American Express destinou uma verba de 1,5 milhões de dólares para ajudar nos esforços de socorro em Israel e acrescentou em comunicado que está em comunicação com os seus empregados para garantir todo o apoio que necessitem.

Nos retalhistas, a H&M encerrou temporariamente todas as lojas que tem em Israel enquanto as marcas do grupo Inditex, como a Zara, anunciar que as 84 lojas ficarão temporariamente encerradas. A Decathlon colocou um banner na sua página web em Israel com a seguinte mensagem: “Devido à situação de insegurança, podem existir atrasos nas entregas. Esperamos dias mais tranquilos”.

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