A Human Rights Watch (HRW) acusou as forças israelitas de utilizarem armas de fósforo branco na Faixa de Gaza, estando a Organização das Nações Unidas (ONU) a apurar a veracidade das informações.
O uso desta arma foi, contudo, desmentido pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
“A atual acusação feita contra as IDF relativamente à utilização de fósforo branco em Gaza é inequivocamente falsa”, defendem os militares em comunicado emitido na sequência da publicação do relatório da HRW.
A substância em causa, apesar de não ser proibida pelas convenções internacionais por ser considerada uma “arma incendiária”, segundo a (HRW) “viola a proibição do direito humanitário internacional de colocar civis em risco desnecessário”, dada a sua natureza.
Num boletim publicado na quinta-feira, dia 12 de outubro, HRW fundamenta a acusação com a análise de vídeos gravados no Líbano, no dia 10 de outubro, e em Gaza no dia seguinte, “que mostram múltiplas explosões de fósforo branco disparado por artilharia sobre o porto da cidade de Gaza e duas localidades rurais ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano”. A par do acesso aos vídeos, a HRW entrevistou duas testemunhas de um ataque em Gaza.
“Sempre que o fósforo branco é utilizado em áreas civis povoadas, representa um risco elevado de queimaduras excruciantes e de sofrimento para toda a vida”, explica Lama Fakih, diretor da Human Rights Watch para o Médio Oriente e Norte de África.
“O fósforo branco é ilegalmente indiscriminado quando lançado em áreas urbanas povoadas, onde pode incendiar casas e causar danos graves a civis”, explica a organização na mesma nota.
A confirmar-se, esta não será a primeira vez que o Estado de Israel usa este tipo de armas. Em 2009, o país assumiu ter utilizado fósforo branco também em Gaza e, em 2006, na guerra do Líbano.
Em 2013, em resposta a uma petição dirigida ao Supremo Tribunal de Justiça de Israel sobre a utilização de fósforo branco em Gaza, as forças armadas israelitas anunciaram o fim da utilização destas armas em zonas povoadas, deixando uma ressalva para duas situações específicas das quais apenas os juízes tiveram conhecimento.
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