[weglot_switcher]

Pizarro quer equipas dedicadas nas urgências dos cinco maiores hospitais

Sobre a necessidade de chegar a um acordo com os médicos, o ministro da Saúde defendeu que essa resolução terá acima de tudo que se traduzir em mais acesso a cuidados de saúde mas também na criação de condições para reorganizar o serviço público.
25 Outubro 2023, 09h01

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defendeu a criação de equipas dedicadas nas urgências dos cinco maiores hospitais do país para assegurar uma melhor capacidade de resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em entrevista ao programa “Hora da Verdade”, do “Público” e da “Rádio Renascença” definiu o final do ano como período para que se dê os passos necessários à criação destas equipas e mostrou-se consciente “das dificuldades e dos problemas” que o SNS está a enfrentar.

Sobre a necessidade de chegar a um acordo com os médicos, Manuel Pizarro defendeu que essa resolução terá acima de tudo que se traduzir em mais acesso a cuidados de saúde mas também na criação de condições para reorganizar o serviço público.

Recorde-se que está marcada para o próximo dia 27 de outubro uma reunião da Federação Nacional dos Médicos no Ministério da Saúde. No site da FNAM, é possível ler que esta entidade irá apresentar a “derradeira contraproposta no sentido de conseguir um acordo capaz de recuperar a carreira e salvar o SNS”.

Fernando Araújo, diretor-executivo do SNS, está muito pessimista relativamente às consequências para o SNS face a um prolongamento do “braço de ferro” entre os sindicatos dos médicos e o Ministério da Saúde.

Em entrevista ao “Público” esta terça-feira, este responsável teme que um impasse nesta situação possa agravar as condições de atendimento nos hospitais e aponta mesmo que, sem acordo, Novembro pode ser o pior mês dos últimos 44 anos do SNS.

O responsável máximo do SNS admite mesmo que, dentro de algum tempo, as urgências hospitalares estarão apenas abertas a doentes que estejam referenciados pelos médicos ou pela Linha SNS24.

Fernando Araújo tece ainda críticas à forma como os médicos estão a condicionar a operacionalidade do SNS: “Temos de reclamar direitos mas de uma forma que seja eticamente irrepreensível”, realçou o diretor-executivo do SNS ao “Público”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.