O ministro das Finanças garantiu que o preço é o “último critério” em que vai recair a venda da TAP. No entanto, uma análise do jornal “Eco” revela que a TAP pode ser avaliada em 2,83 mil milhões de euros quando comparada com as companhias interessadas no seu negócio.
Fernando Medina apontou à publicação que não discute valores para a venda da empresa. “Não discuto valores. Aliás, seria um erro na condição de vendedor estar a discutir valores na praça pública”, disse Medina.
De relembrar que o Governo deu o pontapé de saída para a venda a 28 de setembro, e deu como certeza a privatização de mais de 51% da companhia aérea. Ou seja, uma percentagem da TAP deverá ficar nas mãos do Estado.
O rácio mais utilizado para a comparação entre companhias aéreas é o cálculo entre o enterprise value (capitalização em bolsa somada à dívida) sobre o EBITDA.
Segundo o jornal online, a Lufthansa, IAG e Air France-KLM estão a transacionar com um value de 2,83 vezes o EBITDA.
Ao aplicar este mesmo raciocínio à TAP, chega-se aos 2,83 mil milhões de euros. Isto, tendo em conta que a portuguesa registou um EBITDA de mil milhões de euros nos últimos quatro trimestres.
No entanto, os 670,7 milhões de euros de dívida líquida não podem ser incluídos no preço de venda. Subtraindo este valor aos 2,83 mil milhões, chega-se a 2,15 mil milhões pela totalidade da empresa.
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