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Pedro Nuno Santos assume candidatura sem esquecer legado de António Costa

Com o virar de página precipitado pela ‘Operação Influencer’, Pedro Nuno Santos aspira a dar uma nova cara ao PS e mostrar que o partido está vivo. “É verdade que ainda há muito por fazer. Há muitos problemas que afligem as famílias portuguesas. Mas seria errado e injusto esquecer o legado deixado ao país pelos governos liderados por António Costa”, afirmou.
Pedro Nuno Santos, Ministério das Infraestruturas e Habitação. Foto: Oficial Governo
13 Novembro 2023, 19h08

A candidatura é de Pedro Nuno Santos, mas foi António Costa um dos nomes mais levantados esta tarde no Largo do Rato.

“Um dos melhores políticos portugueses que conheci”, afirmou aquele que poderá ser o próximo secretário-geral do Partido Socialista (PS), no lançamento da sua candidatura e que, a avaliar pelo números de presentes, parece tornar complicada a “vida” de José Luís Carneiro.

Da Geringonça à gestão das crises com as quais o governo socialista se confrontou nos últimos oito anos, o antigo ministro das Infraestruturas não se absteve de deixar rasgados elogios a Costa. “Foi ele que teve a iniciativa de desfazer o bloqueio que colocava o PS em desvantagem face a uma direita que se conseguia entender para governar. António Costa foi o líder que perante a catástrofe que se abateu em Portugal aquando dos incêndios de 2017 liderou uma importante reforma do território, das florestas e da Proteção Civil. Conduziu de forma exemplar o combate à crise pandémica”, defendeu.

Pedro Nuno Santos lembra o primeiro-ministro demissionário como “o líder que derrubou os muros erguidos entre o PS e os outros partidos da esquerda parlamentar”.

“Em 2014, fui um dos primeiros presidentes de Federação do PS a manifestar apoio à candidatura de António Costa a secretário-geral do PS. Fi-lo em bom tempo. Tive a oportunidade de trabalhar com um dos melhores políticos portugueses que conheci”, insistiu.

Sobre a governação socialista, o candidato menciona o crescimento “acima da média europeia”, a “estratégia sustentada de redução de dívida pública” e a colocação do “emprego em níveis” que Portugal não tinha “desde o início do milénio”.

Com o virar de página precipitado pela ‘Operação Influencer’, Pedro Nuno Santos aspira a dar uma nova cara ao PS e mostrar que o partido está vivo.

“É verdade que ainda há muito por fazer. Há muitos problemas que afligem as famílias portuguesas, mas seria errado e injusto esquecer o legado deixado ao país pelos governos liderados por António Costa”.

Pedro Nuno Santos olha para os 600 mil pontos de trabalho criados desde 2015, ano em que o PS assumiu funções, como o “maior desígnio” de António Costa.

O antigo líder da Juventude Socialista (JS) junta-se à corrida pela liderança do PS dois dias depois de José Luís Carneiro, atual ministro da Administração Interna, ter apresentado a sua candidatura.

“Os portugueses, tal como os militantes do PS, conhecem-se. Conhecem as minhas qualidade e os meus defeitos. Conhecem o meu inconformismo e a minha combatividade. Conhecem a minha vontade de fazer acontecer e os meus sucessos. Conhecem também os meus erros e as minhas cicatrizes. Sim, os erros que cometemos e as cicatrizes que carregamos fazem parte das nossas vidas”, afirmou, aludindo ao caso de Alexandra Reis e do aeroporto.

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