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Fundo Stoneshield do filho da Ana Botín investe 50 milhões em residências universitárias no Porto

A noticia foi avançada pela Stoneshield em comunicado ao JE e segundo notícias dos jornais espanhóis, a própria Ana Botín é um dos investidores do fundo que levantou junto de investidores 300 milhões de euros para aumentar o investimento nas residências estudantis.
6 Dezembro 2023, 07h30

A Stoneshield Capital investiu 50 milhões de euros na aquisição de duas residências universitárias no Porto com 500 camas e expande assim a sua atividade em Portugal.

O fundo é liderado por Felipe Morenés Botín, filho da presidente do Banco Santander, Ana Botín, e por Juan Pepa. Segundo noticiou a imprensa espanhola, a própria Ana Botín será um dos investidores do fundo, que levantou junto de investidores 300 milhões de euros para aumentar o investimento nas residências estudantis.

A ESAF é o nome do fundo evergreen Student Housing Core+ (apoiado pela Stoneshield Capital em 2023 e financiado por investidores institucionais do UBS Asset Management), e foi este fundo que adquiriu as duas novas residências universitárias no Porto, por 50 milhões de euros.

“Estes ativos enquadram-se nos chamados PBSA (Purpose Built Student Accommodation). Os PBSA são residências partilhadas por estudantes universitários”, revela o fundo em comunicado.

A Stoneshield Capital, no âmbito do seu mandato como consultor de investimento da ESAF, executou esta transação, diz a sociedade.

As duas residências dispõem de um total de 500 camas e constituem um importante apoio a estudantes deslocados. Têm ambas quartos premium e vastos espaços comuns, em linha com as exigências dos estudantes de hoje, e possuem certificações Leed ESG (ouro e prata), cumprindo o compromisso da ESAF com as melhores práticas ESG de forma a contribuir para um futuro sustentável.

As residências serão geridas pela Micampus, tal como com as restantes 46 residências detidas pela ESAF, distribuídas por 24 cidades em Espanha e Portugal.

A Stoneshield com esta aquisição avança no seu objetivo de duplicar a dimensão do portfólio operado pela Micampus, atualmente avaliado em mil milhões de euros.

A Stoneshield Capital, gestora de investimentos fundada por Juan Pepa e Felipe Morenés, pretende duplicar o tamanho da sua plataforma de residências estudantis, que conta atualmente com 46 residências em operação ou em desenvolvimento localizadas em Espanha e Portugal.

A Stoneshield investe em ativos imobiliários e em plataformas empresariais relacionadas com o imobiliário, através de produtos de dívida e de ações, em várias classes de ativos, com um enfoque especial em Espanha e Portugal.

É líder em consultoria de investimentos imobiliários no sul da Europa, com cerca de 3 mil milhões de euros de investimentos diversificados pelos sectores da habitação, centros de dados, ciências da vida e logística.

A Stoneshield Capital emprega mais de 1.000 pessoas nas suas operações.

“O mercado português tem sido um dos principais mercados para a Stoneshield e continua a ser um dos locais de investimento mais atrativos da Europa, com uma das maiores taxas de crescimento do PIB, inflação mais baixa, sistema financeiro saudável e evolução positiva da taxa de desemprego. Planeamos continuar a investir e a apoiar o crescimento das empresas do nosso portfólio no país”, defende Felipe Morenés, co-fundador da Stoneshield Capital.

“A ESAF possui atualmente uma carteira de ativos PBSA de primeira qualidade, avaliados em mil milhões de euros, que esperamos duplicar a curto prazo, com o intuito de se tornar o líder do sector PBSA no mercado do Sul da Europa, que é a região mais carenciada do Continente, e com um sistema universitário sólido e em crescimento”,  refere Juan Pepa, o outro fundador da Stoneshield Capital.

A habitação para estudantes universitários tem sido apontada como uma importante lacuna em Portugal, nomeadamente nos principais centros urbanos como Lisboa, Porto ou Coimbra. O que provocou uma subida nos preços das habitações para os estudantes.

“O propósito da ESAF em Portugal é contribuir para solucionar este problema”, assegura o fundo.

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