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Pedro Proença e a decisão contra a UEFA: “Há princípios que não devem ser colocados em causa”

“A European Leagues defende um modelo de competição aberta, em que a qualificação para as competições europeias de clubes é definida pelo desempenho anual nas provas nacionais”, defendeu o presidente desta entidade a propósito da decisão do Tribunal de Justiça Europeu que acusou FIFA e UEFA de abusarem da sua “posição dominante”.
Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença
21 Dezembro 2023, 14h38

Pedro Proença, presidente da European Leagues e da Liga Portugal, defendeu esta quinta-feira que a decisão do Tribunal de Justiça Europeu, que criticou a UEFA e a FIFA de abusarem da sua “posição dominante”, não vai mudar aqueles que defendem o futebol e que as competições nacionais devem ser protegidas.

A decisão conhecida esta quinta-feira é contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir atletas e clubes de participarem em competições privadas. O mais alto órgão administrativo da UE considerou que a UEFA e a FIFA abusaram da sua “posição dominante” na sua ação contra a criação da controversa Superliga de futebol.

Esta é uma decisão que não permite recurso e que deve ser aplicada pelo tribunal espanhol que está a apreciar o caso, em resposta à denúncia apresentada em abril de 2022 pelas empresas gestoras do projeto desportivo – A22 Sports Management e European Super League.

“A decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (EU), hoje conhecida, não deve mudar a posição daqueles que defendem o futebol na sua verdadeira essência: um desporto apaixonante, em que todos têm o direito de sonhar, de superar expectativas dentro do campo, de crescer”, começou por referir Pedro Proença.

Nas palavras deste dirigente português, “a European Leagues defende um modelo de competição aberta, em que a qualificação para as competições europeias de clubes é definida pelo desempenho anual nas provas nacionais. Há princípios fundamentais que não devem ser colocados em causa: as competições nacionais são a base da paixão dos adeptos, e devem, por isso, ser protegidas”.

“O direito de progredir nos diversos patamares competitivos, que se joga em campo, encerra outra garantia: a da solidariedade no financiamento da formação do talento do futuro. É este o futebol que defendemos e continuaremos a defender, em colaboração com todos os stakeholders que têm como missão garantir a verdadeira essência do futebol”, concluiu.

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