Pedro Nuno Santos, o novo secretário-geral do PS, criticou fortemente o PSD pelo facto de ter como único projeto para as empresas públicas a sua privatização. Em entrevista à SIC, o antigo ministro das Infraestruturas partilhou os seus planos relativamente à TAP, a companhia que tutelou enquanto governante e garantiu que consigo a primeiro-ministro, o Governo terá a maioria no capital.
“Eu salvei a TAP. O Governo salvou a empresa. A TAP era uma empresa com muitos problemas. Quando se dá a pandemia, os aviões estavam em terra, não operava. Nos dois anos anteriores à pandemia tinha dado prejuízo com uma gestão privada. Todos perderiam o emprego na TAP se o Governo não tivesse intervencionado a empresa. Salvámos a TAP e esta companhia passou a dar lucro”, começou por defender Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do PS defende que o Estado “deve manter a maioria de capital na TAP. Deve abrir capital a grupos privados mas não deve abdicar da maioria. A empresa deu 200 milhões de euros de lucros nos primeiros nove meses deste ano, o que é um resultado extraordinário”.
Quanto ao que vai acontecer à TAP com o PSD no Governo, Pedro Nuno Santos acusou o maior partido da oposição de ter como única política a privatização de empresas públicas e dá a ANA como exemplo: “O PSD privatiza independentemente das empresas darem problemas ou não. O único projeto do PSD é privatizar empresas públicas. Veja-se o caso da ANA que foi privatizada e agora andamos a discutir o contrato de concessão no que diz respeito ao processo de decisão sobre o novo aeroporto”.
Instado a comentar a coligação apresentada pelo PSD à direita (com o CDS-PP e independentes), Pedro Nuno Santos fez questão de recordar uma das primeiras medidas apresentadas por um Governo com estas forças políticas: “Estamos a falar de um projeto do passado com pessoas do passado e provavelmente com políticas do passado. Estamos no Natal e convém lembrar que uma das primeiras medidas que o Governo PSD/CDS-PP apresentou em 2011 foi cortar 50% do subsídio de Natal. Os portugueses têm essa memória. Esta coligação não traz nenhuma força nova à direita até porque o CDS-PP não tem qualquer representação parlamentar. Não conseguiram a aliança que queriam com a Iniciativa Liberal”.
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