O Chega questionou o primeiro-ministro sobre a disponibilização de um montante de 34 milhões de euros ao Estado angolano para o restauro e apetrechamento da Fortaleza de São Francisco do Penedo, em Luanda, para instalação do Museu da Luta pela Libertação Nacional de Angola.
No documento onde questiona o Governo, o partido liderado por André Ventura diz ter ficado “surpreendido pela publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 179/2023, através da qual o Governo português se prontifica a disponibilizar uma verba de 34 milhões de euros para instalar na Fortaleza de São Francisco do Penedo, em Luanda, o Museu da Luta pela Libertação Nacional de Angola”.
“Esta é uma opção política que, apesar de legítima, confronta a nossa história, deixando-a à mercê de um revisionismo histórico parcial e mediático que está em voga, mas que está longe de merecer a unanimidade e muito menos de ser cientificamente correto”, destaca o Chega.
Para o partido “esta resolução revela-se, sobretudo, como uma tentativa de manipulação e instrumentalização política da nossa história, procurando assim o Governo, também, desviar a atenção dos problemas do país”.
Assim, o Chega pergunta: “Qual a motivação do Governo português em assumir as despesas pela criação de um museu cuja designação faz referência à luta independentista contra Portugal?”.
Além disso, o partido pretende saber também “se não considera esta resolução um ultraje à história de Portugal e à memória dos nossos antepassados, assim como à dos combatentes do ultramar, ainda hoje tão maltratados pelas ações empreendidas na defesa dos interesses nacionais?”. “Até onde tenciona ir nesta sua ação de reescrita histórica?”, questionou ainda o Chega.
A indignação deste partido chegou às redes sociais com André Ventura a questionar este apoio por parte do Estado português a Angola no valor de 34 milhões de euros para a reabilitação da Fortaleza de São Francisco do Penedo, em Luanda, verba aprovada em Conselho de Ministros a 10 de dezembro deste ano como “apoio direto ao Orçamento Geral do Estado de Angola”.
“Então há hospitais onde faltam medicamentos e equipamentos básicos, e vamos gastar mais de 30 milhões de euros a apoiar uma ditadura a construir um Museu da Libertação Nacional? Vamos estar a pagar dos nossos impostos para que outro país assinale uma luta onde foram mortos soldados portugueses? Isto é um ato grotesco de traição a Portugal. Estes políticos são uns traidores!”, escreveu André Ventura na sua página no “X” (Twitter).
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