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Pedro Nuno Santos rejeita qualquer responsabilidade em compra de ações dos CTT

Líder do PS e ex-ministro das Infraestruturas nega qualquer associação ao negócio da compra das ações dos CTT pela Parpública.
Cristina Bernardo
3 Janeiro 2024, 20h04

O líder do PS e antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, recusou esta quarta-feira comentar a compra de ações dos CTT pela Parpública, em 2021, recusando qualquer ligação a essa operação tornada pública pelo Jornal Económico (JE) na passada segunda-feira.

“Não tenho nada para dizer. Não foi uma operação que tenha sido conduzida por mim ou sob “ordem” minha”, disse Pedro Nuno Santos ao JE.

A oposição tem associado o nome do ex-ministro à operação, por ter a tutela dos CTT, mas na altura a compra de títulos dos Correios foi aprovada por um despacho do então responsável pelas Finanças, João Leão, tal como o JE noticiou há dois dias em primeira mão.

A compra das ações dos CTT teve lugar numa altura em que o governo liderado por António Costa procurava assegurar o apoio do Bloco de Esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, o último da “geringonça”.
Ao que o Jornal Económico apurou, o Bloco exigia uma reversão da privatização dos CTT, à semelhança do que sucedera em empresas como a TAP e a Carris. O Governo socialista comprometeu-se então a construir uma participação pública na empresa de correios, através da compra de ações no mercado de forma sigilosa, pela Parpública. Mas a administração desta última exigiu que a ordem fosse dada por escrito. Por essa razão, existe um despacho assinado pelo então ministro das Finanças, João Leão (que ocupou o cargo entre junho de 2020 e março de 2022), a instruir a Parpública nesse sentido.
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