Sublinhando que a antiga eurodeputada não conta com o apoio oficial do PS, o líder do Chega reiterou a sua promessa de se demitir caso fique atrás de Ana Gomes, adivinhando ainda que dentro do PS há mais militantes que desejam a sua vitória do que a da socialista.
André Ventura voltou a garantir que se demite caso fique atrás de Ana Gomes nas próximas eleições presidenciais de 24 de janeiro, como havia já afirmado várias vezes. As afirmações desta terça-feira, 12 de janeiro, foram feitas na entrevista do candidato à rádio “Antena1”.
Relembrando que Ana Gomes não conta com o apoio oficial do Partido Socialista, mas apenas de PAN e Livre, André Ventura considera que ficar atrás da antiga eurodeputada socialista significaria que fez “um mau trabalho”. Como tal, o líder do Chega reitera que se demitiria face a este cenário.
“A Ana Gomes não tem o apoio oficial do PS. Acho que a maioria dos socialistas preferia que vencesse eu do que a Ana Gomes – não tem, portanto, o apoio de ninguém no PS, exceto de alguns desalinhados. Tem o apoio do PAN e do Livre, penso eu” começou por salientar André Ventura. “Se eu, com o apoio do Chega, não consigo ficar à frente da candidata que tem o apoio do PAN e do Livre fiz um mau trabalho”, rematou.
Ainda assim, o deputado único não revela se neste cenário hipotético se recandidataria à liderança do partido, pedindo apenas aos militantes que seja feita uma reflexão sobre se a solução que lidera o Chega continua a fazer sentido.
“Há uma coisa que sei e admito: quero que o partido faça uma reflexão se esta liderança faz sentido ou deixa de fazer sentido”, disse, desviando-se à questão sobre uma eventual recandidatura.
O antigo social-democrata e atual presidente do partido nacionalista que entrou na Assembleia da República nas últimas legislativas já afirmou por várias vezes que se demite da liderança do Chega caso fique atrás de Ana Gomes nas eleições presidenciais. A mais recente sondagem, realizada para o SOL pela Eurosondagem, aponta para uma vantagem de mais de quatro pontos da antiga eurodeputada, uma diferença que tem crescido nas últimas semanas.
