O acionista e ex-presidente da Comissão Executiva do Global Media Group, Marco Galinha, admitiu o investimento de “cerca de 16 milhões de euros” na empresa de media em dois anos.
“Posso dizer-vos que, entre 2021 e 2023, investi cerca de 16 milhões de euros em compra de dívida à banca”, de forma a recuperar a dona do Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
O acionista que entrou para o capital da Global Media Group, ficando com 40,25% do capital, lembrou que, na sua chegada, a empresa já vivia momentos difíceis. “Numa altura em que Portugal já estava em pandemia, o grupo já vinha em instabilidade. Em 2020, a GMG viveu perdas de 12 milhões de euros em receitas, semelhante ao de grupos internacionais”, instou perante a Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
Marco Galinha atirou ainda que “a venda de ativos não estruturais possibilitou a melhoria dos resultados em 2021”.
Já em 2022, e apesar de uma melhoria no ano anterior, o acionista lembra que os fatores externos “agudizaram” a situação, seja devido à inflação, impacto da guerra ou subida das taxas de juro. “Uma perda entre 10% a 15%”.
Desde a sua entrada, Galinha aponta que conseguiu reduzir a dívida dos 68 milhões de euros para menos de um milhão de euros. Informação essa que escolheu ressalvar por duas vezes aos deputados presentes na audição. O EBITDA atingiu os dois milhões de euros positivos no início de 2023, disse ainda.
Sobre as conquistas desde que assumiu parte do capital da empresa, o acionista lembrou que o Diário de Notícias “voltou a estar diariamente nas bancas”. “O Diário de Notícias foi considerado arquivo nacional e ganhou uma maior presença no digital”.
Sobre o primeiro semestre de 2023, Marco Galinha lembra “níveis positivos”. Ainda assim, lembra que, ainda em 2023, chegou a “oportunidade de negócios com o fundo WOF, que mostrava uma intenção de forte investimento, o que era uma grande oportunidade para a GMG”.
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