A fintech Rauva, que acordou a compra do Banco de Empresas ao Montepio, avança com aquelas que considera serem as principais tendências que irão moldar o cenário fintech este ano.
O crescente uso da Inteligência Artificial (IA), a consolidação dos pagamentos mobile, a afirmação das transferências SEPA instantâneas e o euro digital, são as tendências do sector em 2024, segundo a Rauva.
“O sector fintech testemunhou, ao longo de 2023, uma consolidação de inovações que o impulsionou a novos patamares, proporcionando, tanto a consumidores como a empresas, experiências financeiras mais intuitivas e eficientes”, avança a empresa liderada por Jon Fath.
As tecnológicas financeiras transformaram-se com a ascensão da Inteligência Artificial (IA), da blockchain e dos pagamentos instantâneos, mas também a proliferação de serviços financeiros descentralizados. As preocupações com a cibersegurança ganharam maior destaque, enquanto a regulamentação e a sustentabilidade consolidaram a maturidade deste segmento empresarial, revela a Rauva.
“Navegando nesta área em constante evolução, a Rauva, a primeira super-app portuguesa para negócios, com foco em pequenas e médias empresas (PMEs), antecipa as principais tendências que definirão o sector fintech em 2024″, acrescenta a empresa.
Maxence Cornet, Chief Technology Officer da Rauva, diz que “num contexto incerto como o que vivemos, uma das poucas certezas que temos é a rápida evolução do setor tecnológico. As inovações aplicadas aos serviços financeiros têm-no demonstrado, uma após outra. Para o próximo ano, contamos com a continuação de tendências que marcaram as fintech este ano, como a proliferação da utilização da IA para geração de insights e do recurso aos pagamentos mobile a nível global”.
No entanto, “numa escala superior à atual, devemos assistir em 2024 a uma maior preparação das tecnológicas financeiras para uma possível implementação do euro digital ainda esta década uma vez que muitos modelos de negócios serão impactados”, conclui Maxence Cornet.
Tendências para 2024
No topo da lista surge o crescente uso da IA generativa. “A Inteligência Artificial (IA) generativa atingiu um crescimento expressivo em 2023 e irá solidificar a sua presença na sociedade e nos negócios, com a expectativa de que, este ano, já conseguiremos testemunhar as aplicações práticas desta tecnologia”, defende a Rauva.
“A capacidade de gerar insights personalizados, com base em grandes conjuntos de dados, torna-a valiosa para melhorar a experiência do utilizador e fornecer-lhe as informações mais relevantes”, acrescenta a empresa, que diz ainda que este desenvolvimento “sinaliza um futuro onde o sector fintech beneficiará significativamente da integração da IA generativa nas suas operações, transformando a forma como oferece serviços e interage com os seus clientes”.
“Como um dos principais objetivos das tecnológicas financeiras passa por oferecer uma experiência atrativa e fácil de usar para os utilizadores, adaptada às necessidades, exigências e requisitos individuais de cada cliente, esta utilização não podia estar mais em linha com o seu âmbito e missão”, refere a empresa.
A Rauva planeia usar IA generativa em 2024 para gerar perspetivas de negócio à medida de cada um dos seus utilizadores, mas irá mais longe ao posicionar-se como referência na oferta de conteúdo educativo aos empreendedores que procuram o crescimento dos seus negócios com esta ferramenta.
Além disso, a fintech portuguesa irá implementar IA para revolucionar o sector financeiro com a criação do primeiro sistema de pontuação de crédito em Portugal e na Europa a usar metodologias de quantum machine learning cujo objetivo principal é o de conceder um empréstimo em menos de três minutos e atender às necessidades das PMEs frequentemente negligenciadas pelas avaliações padrão que dependem, até ao momento, de análises individuais, subjetivas e menos abrangentes.
Depois surge a consolidação de pagamentos mobile. Para a Rauva o surgimento dos pagamentos mobile representa um marco significativo na evolução dos sectores fintech e bancário, oferecendo aos consumidores uma forma mais ágil e conveniente de gestão das suas operações.
“A facilidade de pagamento, a segurança, a autenticação biométrica, a integração com outros serviços financeiros e a capacidade de realizar transações sem necessidade de transportar fisicamente cartões ou dinheiro tornam esta tecnologia uma componente essencial na transformação do cenário financeiro global”, acrescenta.
Assim, em 2024, “espera-se um crescimento no uso de pagamentos mobile, inclusive em países cuja adesão inicial não foi tão significativa, tendo em conta, nomeadamente, que promove a inclusão financeira ao fornecer serviços financeiros a indivíduos e organizações em regiões carenciadas ou sem acesso a serviços bancários tradicionais”.
A Rauva lembra que já é possível criar instantaneamente um cartão virtual na adesão à app.
Adesão às transferências SEPA instantâneas
As instituições financeiras e as fintechs estão a apostar cada vez mais na disponibilização destas transferências aos seus clientes.
“Com a digitalização em curso dos serviços financeiros e a procura de soluções mais eficientes e acessíveis, as transferências SEPA (Single Euro Payments Area) instantâneas são também uma opção atrativa. Impulsionadas pela rapidez, segurança e custos baixos, estão a ganhar popularidade entre os utilizadores e as empresas, especialmente para as transações transfronteiriças”, defende a Rauva que sublinha que através da sua app, os utilizadores podem ter acesso a transferências SEPA imediatas e gratuitas.
Por fim surge a adaptação ao esperado euro digital.
“Apesar de ainda se encontrar em fase de preparação e testagem, a implementação do euro digital tem sido objeto de inúmeros debates recentemente. O advento das moedas digitais, nomeadamente a que poderá vir a ser emitida pelo Banco Central Europeu, terá um impacto significativo nas transações financeiras e na forma como os consumidores lidam com as suas finanças pessoais”, defende a Rauva.
Apesar da digitalização da moeda prometer eficiência e rapidez nas transações, “também levanta questões sobre a privacidade e segurança, exigindo que as fintechs adotem medidas robustas para garantir a confiança dos clientes”.
“A adaptação ao euro digital e respetivas exigências tecnológicas e regulamentares serão cruciais para se manterem relevantes e competentes num cenário financeiro e tecnológico em constante mudança”, explica a fintech.
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