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BCP sofre corte e cai na bolsa de Lisboa em dia negativo para os mercados europeus

O banco de Miguel Maya registou uma perda de 2,77% na primeira sessão da semana, no mesmo dia em que o Mediobanca passou a recomendar vender os títulos do banco e cortou, de forma acentuada, no respetivo preço alvo.
16 Janeiro 2024, 07h30

A cotação de mercado do BCP caiu 2,77% na sessão desta segunda-feira, até aos 0,2985 euros por ação. O dia foi negativo para os mercados europeus e Lisboa não fugiu à regra, na medida em que o índice PSI caiu 0,53%, até aos 6.503,10 pontos.

Na base do recuo dos investidores poderá estar o corte efetuado pelo Mediobanca, que passou a recomendar a venda das ações, ao mesmo tempo que cortou no preço alvo, que antes estava fixado em 0,36 euros e baixou para 0,30 euros.

Ainda em terreno negativo, a EDP Renováveis perdeu 2,09%, para 16,66 euros, ao passo que a EDP resvalou 1,08% e encerrou em 4,484 euros e os CTT escorregaram 1,09% para os 3,62 euros. Por outro lado, o dia foi particularmente positivo para a Semapa, ao subir 2,38%, de forma a alcançar os 13,74 euros por ação, enquanto a Jerónimo Martins deu um salto de 1,43%, agora em 21,28 euros.

Entre as congéneres europeias o sentimento foi similar, com perdas generalizadas. França caiu 0,72%, seguida pelo índice agregado Euro Stoxx 50, em 0,56%. Logo atrás, a Alemanha perdeu 0,49%, ao passo que Itália recuou 0,45% e o Reino Unido derrapou 0,43%. As perdas mais ligeiras observaram-se em Espanha, em 0,16%.

O sentimento de incerteza foi notório entre os mercados, no mesmo dia em que teve início o Fórum Económico Mundial, em Davos, para o qual estarão voltados os olhares de muitos analistas até à próxima sexta-feira. Também durante esta semana, vão ser conhecidos importantes dados sobre a inflação em dezembro.

É já esta terça-feira que a Alemanha divulga dados referentes ao IPC, seguida pela zona euro e Reino Unido, ambos na quarta-feira. Mais à frente, na quinta-feira, Lagarde vai discursar, sendo que pode levantar pela primeira vez o véu sobre quando será expectável fazer baixar as taxas de juro. Nesse sentido, surgem opiniões amplamente divergentes entre analistas e até entre membros do BCE.

Há aqueles que consideram que o primeiro corte deve ser colocado em prática no primeiro semestre do ano, ao passo que outros continuam muito céticos sobre essa decisão ser tomada num futuro próximo e entendem que se deve esperar por 2025.

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