A marcha extremista marcada para o bairro do Martim Moniz, em Lisboa, para 3 de fevereiro, está a preocupar os imigrantes, avançou o “Expresso”. Em declarações ao semanário, esta sexta-feira, o presidente da comunidade do Bangladesh, Rana Taslim Uddin, mostra-se apreensivo.
“Se houver algum problema, teremos de fechar as nossas lojas. Não queremos lutar contra eles”, disse ao jornal, acrescentando que já avisou aos imigrantes “para não se meterem com eles e não ligarem a provocações”.
De recordar que no partido Chega, o deputado Rui Paulo Sousa criticou recentemente a presença de imigrantes no Terreiro do Paço no fim de ano, mas foi acusado, segundo o jornal Poligrafo, de contratar vários trabalhadores, entre os quais indianos, para a colheita de espargos.
Um texto publicado em 2018 no site Vila Rural, cita declarações dadas por Rui Paulo Sousa que era, à data, gerente da empresa VillaBosque – Espargos Verdes do Ribatejo, dedicada à plantação de espargos.
Na altura, o deputado do Chega destacava que “as maiores dificuldades” eram “a mão-de-obra e as pragas” e depois revelou que recorreu “a empresas de trabalho temporário” que enviaram “por exemplo, indianos”.
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