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“Não queremos lutar contra eles”. Marcha extremista no Martim Moniz preocupa imigrantes

“Se houver algum problema, teremos de fechar as nossas lojas. Não queremos lutar contra eles”, disse ao jornal “Expresso” o presidente da comunidade do Bangladesh, Rana Taslim Uddin. Autoridades estão preocupadas com consequências da marcha marcada para 3 de fevereiro.
19 Janeiro 2024, 09h58

A marcha extremista marcada para o bairro do Martim Moniz, em Lisboa, para 3 de fevereiro, está a preocupar os imigrantes, avançou o “Expresso”. Em declarações ao semanário, esta sexta-feira, o presidente da comunidade do Bangladesh, Rana Taslim Uddin, mostra-se apreensivo.

“Se houver algum problema, teremos de fechar as nossas lojas. Não queremos lutar contra eles”, disse ao jornal, acrescentando que já avisou aos imigrantes “para não se meterem com eles e não ligarem a provocações”.

De recordar que no partido Chega, o deputado Rui Paulo Sousa criticou recentemente a presença de imigrantes no Terreiro do Paço no fim de ano, mas foi acusado, segundo o jornal Poligrafo, de contratar vários trabalhadores, entre os quais indianos, para a colheita de espargos.

Um texto publicado em 2018 no site Vila Rural, cita declarações dadas por Rui Paulo Sousa que era, à data, gerente da empresa VillaBosque – Espargos Verdes do Ribatejo, dedicada à plantação de espargos.

Na altura, o deputado do Chega destacava que “as maiores dificuldades” eram “a mão-de-obra e as pragas” e depois revelou que recorreu “a empresas de trabalho temporário” que enviaram “por exemplo, indianos”.

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