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A inteligência invisível do nosso ecossistema

Para Charles Darwin, “a evolução está escrita nas asas das borboletas”. Já o artista ambiental alemão Roger Rigorth preteriu a questão da ‘evolução’ pela chamada de atenção para a “inteligência invisível do nosso ecossistema”. Como? Através da nova instalação artística criada expressamente para a Quinta do Pisão, em pleno Parque Natural Sintra-Cascais, a que deu o nome de “Uma Semente Cria uma Floresta”.
18 Fevereiro 2024, 08h00

Tudo começou pelo convite da diretora de projeto e artista plástica Sofia Barros, para elaborar aquela que é a terceira obra de arte ambiental da Quinta do Pisão, um caso de estudo em matéria de conservação da natureza, biodiversidade e desenvolvimento de turismo responsável.

Invocando a sabedoria popular, que diz que nem tudo o que parece é, como acontece com a obra que agora pode ser vista por todos os que queiram explorar esta “floresta encantada”, talvez seja boa ideia dizer que o ponto de partida da intervenção de Rigorth é um Carvalho “Quercus Suber”, espécie protegida pela lei portuguesa. Isto porque a dúvida prontamente se instala. Será um casulo, uma colmeia, ou uma bolota…? As interpretações ficam em aberto, mas deixamos algumas pistas.

Na mitologia nórdica e celta, a bolota simboliza a interconexão da vida e dos ciclos da natureza. Cientificamente, as sementes contêm todas as informações necessárias para fazer crescer uma árvore inteiramente nova simbolizando assim a criação de algo muito maior – a sobrevivência.

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