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Douro vence eleição “Top 10 Vinhos Portugueses”

Provas cegas foram realizadas na manhã de quinta-feira no Salão Árabe do Palácio da Bolsa e contaram com 46 jurados portugueses e internacionais. Vinhos do Douro venceram maioria dos prémios.
25 Fevereiro 2024, 19h06

Os vinhos mais bem classificados pelo júri internacional que participou na 18.ª edição do “Top 10 Vinhos Portugueses” são maioritariamente da Região Demarcado do Douro.

O anúncio dos vencedores de novo “Top 10 Vinhos Portugueses” foi realizado na noite de sexta-feira, na Feitoria Inglesa, no Porto, no âmbito do evento Essência do Vinho – Porto, que está a celebrar 20 anos.

Provas cegas foram realizadas na manhã de quinta-feira no Salão Árabe do Palácio da Bolsa e contaram com 46 jurados portugueses e internacionais. Vinhos do Douro venceram maioria dos prémios.

Alves de Sousa, Niepoort, Menin e Henriques & Henriques estiveram em destaque na votação pelo júri internacional da Essência do Vinho.

O vinho tinto que obteve a pontuação mais elevada é o Memórias Alves de Sousa, um lote de diferentes colheitas da década de 2010 (2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019), que tem por base as vinhas da Gaivosa, Abandonado, Lordelo, Vale da Raposa, Caldas e Oliveirinha, encepamento antigo com médias de idades que, nalguns casos, ultrapassam os cem anos.

O vinho branco a obter as melhores considerações pelo painel de jurados é o Coche 2021, da autoria da Niepoort. Segundo a organização é um vinho que alia maioritariamente as castas Rabigato, Códega do Larinho e Arinto, por entre outras variedades plantadas em vinhas com mais de 80 anos, em altitudes que oscilam entre os 600 e os 750 metros.

O rosé mais bem pontuado na votação do evento organizado pela Essência do Vinho é o H.O. Matrona 2022, da Menin Wine Company. Trata-se de um lote de castas como Malvasia Preta, Baga, Touriga Franca, Tinta Amarela, Mourisco e ainda 5% de castas brancas antigas da região (Malvasia Rei, Tamarez, entre outras).

Por fim, o vinho fortificado mais bem pontuado chega da Madeira. É o Henriques & Henriques Tinta Negra 50 Anos, o segundo e novo lote trabalhado por Humberto Jardim.

“A cumplicidade dos Henriques com a casta mais plantada na Madeira é grande, sendo de recordar que, após os ataques de oídio e da praga da filoxera, na segunda metade do séc. XIX, replantaram com aquela variedade a maioria da área de vinha que detinham. A Tinta Negra salvou, aliás, os viticultores madeirenses pelo elevado rendimento que consegue apresentar (podendo atingir 15 toneladas/hectare)”, explica a organização.

Resulta da prova cega, sem conhecimento prévio dos vinhos, efetuada na manhã do dia anterior, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa. Ao todo, 46 jurados (de países como Portugal, Brasil, Espanha, Itália, Reino Unido, Suíça, Dinamarca, Suécia, Bélgica, México e África do Sul) avaliaram um total de 50 amostras (vinhos brancos, rosés, tintos e fortificados) que resultaram de uma pré-seleção da Revista de Vinhos, tendo por base as pontuações mais altas e os exemplares mais entusiasmantes avaliados em 2023 pelo painel de provadores daquela publicação especializada.

Top 10

1º Vinho Tinto

Memórias, Domingos Alves de Sousa, Douro

1º Vinho Branco

Coche 2021, Niepoort Vinhos, Douro

1º Vinho Rosé

H.O. Matrona 2022, Menin Wine Company, Douro

1º Vinho Fortificado

Henriques & Henriques Tinta Negra 50 Anos, Henriques & Henriques, Vinho Madeira

2º  Vinho Fortificado

Verídico Very Very Old Tawny 1900, Mily Heritage Wine Million & Dirk Niepoort, Vinho do Porto

2º Vinho Branco

Vinha dos Aards Criação Velha 1ºs Jeirões 2020, Azores Wine Company, Pico – Açores

2º Vinho Tinto

Áurea 2021, Textura Wines, Dão

3º Vinho Tinto

Segredo 6 Cuvée Vinhas Velhas 2020, 2CC, Trás-os-Montes

 4º Vinho Tinto

Pintas 2021, Wine & Soul, Douro

5º Vinho Tinto

Quinta da Perdonda 1º Talhão (1948) 2018, Quinta da Perdonda – Wine Tradition, Dão

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