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Lucros da Mota-Engil atingem recorde histórico ao subirem 120% para 113 milhões em 2023

Também o volume de negócios da construtora alcançou pela primeira vez os cinco mil milhões de euros, tendo registado um aumento de 46% face ao ano anterior, com o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a verificar um crescimento homólogo de 55%, para 837 milhões de euros.
Mota-Engil
5 Março 2024, 00h03

Os lucros do Grupo Mota-Engil atingiram o melhor registo da sua história ao apresentarem um aumento homólogo de 120% para 113 milhões de euros em 2023, informou a construtora portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira, 5 de março.

Este valor da empresa liderada por Carlos Mota Santos vai de encontro a “um desempenho que conjugou um forte crescimento da atividade com a melhoria da rentabilidade líquida do Grupo, concretizando assim uma das mais relevantes prioridades a que o Grupo Mota-Engil se propõe alcançar no seu Plano Estratégico até 2026”, indica o comunicado.

Também o volume de negócios da construtora alcançou pela primeira vez os cinco mil milhões de euros (5.552 milhões de euros), tendo registado um aumento de 46% (3.804 milhões de euros), face ao ano anterior, com o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a verificar um crescimento homólogo de 55%, para 837 milhões de euros.

A subida do EBITDA fez-se sentir também no resultado operacional (EBIT), que mais do que duplicou para 516 milhões de euros, com uma margem de 9% face aos 6% registados em 2022.

Um crescimento global que o Grupo justifica com o aumento do segmento de engenharia e construção em 54% e “de forma relevante” em todas as geografias onde a construtora está presente, com destaque para a América Latina, que com uma subida de 81% alcançou no último ano “um marco inédito numa região onde é atualmente uma das cinco maiores construtoras”, destacando ainda África (+28%) e Europa (+31%).

No último ano a Mota-Engil realizou ainda um investimento (CAPEX de 513 milhões de euros), com uma forte aposta nos contratos de médio e longo prazo, “prosseguindo a estratégia de investimento criteriosa e seletiva sobre mercados core como Portugal, México, Angola e Nigéria, e em áreas de negócio de reconhecido potencial de crescimento e valorização patrimonial no futuro”, pode ler-se no documento.

Nos seus resultados de 2023, a construtora destaca ainda o reforço da carteira de encomendas no valor de 13 mil milhões de euros, o que representou o segundo melhor de sempre com seis mil milhões de euros em novos contratos, “demonstrando capacidade de renovação com melhoria da qualidade, focada nos mercados core e reforçando as perspetivas de manter em 2024 e seguintes o circulo virtuoso de crescimento sustentável e alinhado com os objetivos de crescimento e rentabilidade estabelecidos no Plano Estratégico até 2026”, refere o comunicado.

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