“Se não houver negociação isso é humilhar o Chega e então votarei contra o Orçamento”, diz André Ventura

O líder do Chega. André Ventura, admitiu votar contra o Orçamento do Estado que será apresentado pela Aliança Democrática (AD) caso não exista negociação com o partido.

Em entrevista à CNN, Ventura começou por dizer que “os portugueses quiseram um Governo a dois. Eu nunca disse que ia apresentar uma moção de rejeição, eu disse que não excluía nenhum cenário”. “Portanto, não estou preocupado com isso neste momento. Preocupa-me o orçamento”, destacou.

Sobre se pretende apresentar uma moção de rejeição, o presidente do Chega admitiu fazê-lo se a AD não se aproximar das preocupações do Chega. “Tivemos um governo que caiu por corrupção, imagino que um governo que não se vai comprometer com o combate à corrupção, com o aumento de pensões que para nós é fundamental, a questão de polícias”, poderá levar o partido a lançar moção de rejeição.

Ao mesmo tempo, Ventura também disse que se algum partido apresentasse uma moção de rejeição, o Ventura poderia votar a favor, dependendo do programa da AD.

No que toca ao Orçamento, o líder do Chega frisou que “se não houver nenhuma negociação, isso é humilhar o Chega e então votarei contra o Orçamento”.

Além disso, Ventura destacou que “agora é com o PSD se aceita criar esse maioria [parlamentar] ou não”. “Os portugueses sabiam que havia um partido que diria, não, não faremos e mesmo assim deram mais de um milhão de votos ao Chega e um milhão e tal ao PSD não é uma grande diferença, o que estão a dizer é governem os dois e entendam-se”.

Quanto a medidas da AD como propor uma taxa de IRS de 15% para os jovens, sugerir uma baixa de IRC, isenção de IMT na primeira habitação e reposição do tempo de serviço dos professores, Ventura disse que votaria a favor de todas essas medidas.