Ativos de 1,1 milhões de euros da insolvente Favir em leilão online

A fabricante de esfregões Favir, com sede em Santa Comba Dão, declarou insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Viseu e tem os ativos, no valor mínimo de 1,1 milhões de euros, à venda em leilão online. A empresa da freguesia do Vimieiro está a receber licitações até ao próximo dia 28 de março, de acordo com a informação disponível na leiloeira Leilosoc.

O passivo da insolvente inclui a marca, uma unidade industrial de produtos metálicos, composta por quatro pavilhões e um posto de transformação, numa área total de 5.440,77 m2, bem como equipamentos e maquinaria para fazer rolinhos de lã de aço, palha-de-aço, esfregões de arame e os famosos esfregões saponificados, que são utilizados para lavagem da loiça. Há ainda alguma matéria-prima, mobiliário de escritório, material informático e uns eletrodomésticos.

Fundada em 1961, Favir começou a atividade pela produção de plásticos e, três anos mais tarde, iniciou-se no fabrico de produtos de limpeza derivados do arame de aço, nomeadamente os esfregões de aço saponificados da marca.

“Esta marca identitária de Santa Comba Dão diferenciava no tecido industrial local, regional, nacional e internacional. De facto, a Favir exportava para praticamente todos os países europeus e africanos de língua oficial portuguesa a maior parte da sua produção de esfregões desengordurantes com sabão impregnado, de lã d’aço, de palha d’aço, de esfregões galvanizados, aço inoxidável e aço níquel”, lembra a leiloeira.

As visitas ao edifício vão realizar-se durante a manhã da última terça-feira deste mês, dia 26 de março, entre as 10h30 e as 12h30. Por sua vez, o leilão eletrónico está a decorrer na plataforma Leilosoc até às 18h00 da véspera de feriado de Sexta-feira Santa.

O encerramento da empresa, no verão passado, deixou 32 funcionários desempregados, segundo o jornal regional “Correio da Beira Serra“. Para o PSD de Santa Comba Dão, a Favir “não era só uma empresa” desse concelho, mas a identidade do município. “Uma empresa de cariz familiar da família Moura, que conseguiu ao longo destes 62 anos de existência transmitir esse conceito a todos os trabalhadores que por ela passaram, alguns mais de 40 anos, o que é absolutamente notável”, destacaram os sociais-democratas, aquando do fecho de portas.