A capacidade da banca europeia em gerar resultados vai permanecer difícil em 2021, obrigando os bancos a reduzir os custos operacionais nos próximos anos, segundo um comentário divulgado esta quinta-feira pela agência de notação financeira, DBRS.
Na ausência de consolidação transfronteiriça — a DBRS antecipa que a consolidação do setor, a nível doméstico, continue, nomeadamente em Espanha e Itália —, a agência de notação financeira sinaliza que a banca europeia “vai procurar oportunidades para reduzir os custos”, o que passará pelos despedimentos, numa altura em que o investimento em infraestrutura tecnológica e os custos regulatórios e de compliance dificultam a redução dos custos operacionais.
“O outlook para os bancos europeus em 2021 permanece desafiante. Antecipamos que a pressão nos resultados de 2020 vai continuar em 2021. Tendo em conta o difícil contexto para gerar resultados, a redução dos custos operacionais permanece claramente uma prioridade”, diz a DBRS.
Numa tendência que a DBRS denomina de “tendência global na reestruturação”, entre 2021 e 2023 serão despedidos milhares de trabalhadores do setor da banca a nível europeu.
Segundo um quadro incluído no comentário da DBRS, 14 instituições de crédito da Holanda, Irlanda, Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Suécia vão despedir entre 1% e 25% do staff até 2023. Entre os bancos que mais postos de trabalho vão reduzir, encontram-se o britânico HSBC (até 35 mil postos de trabalho), o Deutsche Bank (até 18 mil trabalhadores) e o italiano UniCredit (até seis mil trabalhadores).
Entre os 14 bancos incluídos neste quadro não se encontra nenhuma instituição de crédito portuguesa, embora o comentário da DBRS, no geral, inclua 40 bancos europeus, incluindo a Caixa Geral de Depósitos e o Millennium bcp.
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