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Olivier Woeffray: “Empresas portuguesas sabem como devem crescer. Não são complacentes”

Especialista em Foresight, Strategy and Insights e antigo consultor do Fórum Económico Mundial, o suíço tem ajudado várias entidades a preparar-se para o futuro. Na última sessão do InnovClub, colocou os convidados numa máquina do tempo e levou-os até 2040 e ao difícil exercício de perceber como vai ser o mundo daqui a 16 anos.
20 Abril 2024, 08h00

Sem acesso a uma “bola de cristal”, como podem as empresas antever como vão ser os seus mercados no futuro? Olivier Woeffray foi o convidado mais recente do Innov.Club, uma colaboração entre a Beta-i, uma consultora de inovação colaborativa e a sociedade de advogados Vieira de Almeida, que conta com o JE como parceiro.

Qual o maior erro que as empresas podem cometer quando fazem previsões?
Creio que o primeiro erro é usar o termo “previsão”. Temos bons modelos para perceber o que pode estar a chegar a curto prazo. Quando fazemos uma prospeção estamos a fazer um cálculo do que pode estar para chegar a longo prazo. O que sabemos é que é muito difícil fazer prospeções a dez anos ou mais já que temos menos factos para fazer esse exercício. Um dos primeiros exercícios para ser bem-sucedido numa prospeção é evitar a previsão. É importante prever mas não neste contexto.

A prospeção é mais difícil de fazer mas permite-nos tomar melhores decisões?
A prospeção assume-se como primordial quando a previsão falha e acaba por ser uma abordagem mais ampla, já que nos dá ferramentas e estrutura o que poderá ser uma eventual decisão. Assim, é uma mistura de uma resposta mais estruturada mas também mais ampla.

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