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Prazo para apresentar propostas ao primeiro troço do TGV dilatado até julho

O prazo para serem apresentadas propostas para o primeiro troço da linha de alta velocidade, entre Porto e Oiã (Aveiro), foi hoje dilatado de junho para julho, segundo um anúncio publicado em Diário da República (DR).
6 – Al Boraq
17 Maio 2024, 12h26

O prazo para serem apresentadas propostas para o primeiro troço da linha de alta velocidade, entre Porto e Oiã (Aveiro), foi hoje dilatado de junho para julho, segundo um anúncio publicado em Diário da República (DR).

De acordo com um anúncio hoje publicado, a data prevista para serem apresentadas propostas ao concurso público para a concessão da linha ferroviária de alta velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro) passou de 13 de junho para 02 de julho.

O procedimento tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.

O procedimento de avaliação considera o preço um fator com 70% de ponderação e a qualidade 30%.

Dentro do fator de qualidade, a estação de Campanhã, no Porto, é um subfator com 35% de ponderação, tal como a estação de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, e a nova ponte rodoferroviária contará com os restantes 30%.

Em janeiro, o Conselho de Ministros aprovou a despesa inerente ao contrato de concessão do primeiro troço da LAV Porto-Lisboa, entre Campanhã (Porto) e Oiã (Oliveira do Bairro), e no dia 12 de janeiro foi lançado o concurso público para esta parceria público-privada (PPP).

No total, esta PPP implica um custo de cerca de 4,3 mil milhões de euros até 2055, segundo a resolução do Conselho de Ministros, sendo repartido por 31 anos um “montante de 4.269.507.412,38 euros”, relativo à concessão ao vencedor do concurso público.

O procedimento implica a “conceção, projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização do troço” Porto-Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro).

O troço corresponde aos 71 quilómetros (km) entre o Porto e Oiã, numa linha preparada para os 300 quilómetros por hora (km/hora).

O projeto inclui a reformulação da estação de Campanhã, no Porto, a construção de uma nova ponte rodoferroviária, com dois tabuleiros, sobre o rio Douro, a construção de uma nova estação subterrânea em Santo Ovídio (Gaia), com ligação ao Metro do Porto, e a ligação de 17 quilómetros à atual Linha do Norte, em Canelas (Estarreja), permitindo assim que o comboio de alta velocidade chegue à atual estação de Aveiro.

O projeto corresponde ao lote A da primeira fase (Porto-Soure) do projeto de alta velocidade.

A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país numa hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria. O percurso Porto-Vigo está estimado em 50 minutos.

A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte.

O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2025.

Já a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), para depois de 2030, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

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