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Hugo Soares acusa PS de não ter feito “absolutamente nada” para chegar a consenso sobre IRS

Os grupos parlamentares do PSD e do CDS afirmam que não querem “atrasar mais” o processo legislativo das propostas sobre o IRS, e apontam o dedo aos partidos que “pretendem arrastar esta discussão no tempo”.
MIGUEL A. LOPES/LUSA
21 Maio 2024, 12h25

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, acusou esta terça-feira o PS de não ter feito “absolutamente nada” para chegar a consenso sobre a proposta de IRS do Governo. Numa conferência de imprensa conjunta, que decorreu nos Passos Perdidos, na Assembleia da República, os grupos parlamentares do PSD e do CDS sublinharam que não querem “atrasar mais” o processo legislativo das propostas do IRS.

Hugo Soares referiu no início da conferência de imprensa que existe uma divergência entre os partidos relativamente à descida do imposto e indicou que “desde o primeiro momento houve abertura para o diálogo e para o consenso por parte do PSD e do CDS para a redução dos impostos já”.

“Não queremos atrasar mais o processo legislativo. Há partidos que pretendem arrastar esta discussão no tempo”, apontou. “Queremos apressar, no sentido de colocar à disposição do país, o projeto para baixar os impostos na classe média”.

De seguida, o líder parlamentar do PSD dirigiu as suas críticas ao PS neste processo de negociação sobre a descida do IRS. “Queria deixar a pergunta ao grupo parlamentar do PS. Que esforço de consenso fez o PS? Onde é que o PS foi ao encontro daquilo que era o projeto inicial do governo? Em absolutamente nada”, frisou.

Hugo Soares salientou a aproximação feita relativamente às propostas do PSD e do Chega nos escalões mais baixos, mas insistiu na importância de serem reduzidos os impostos da classe média. “Entendemos que devemos continuar a reduzir os escalões, mas que também devemos reduzir os impostos da classe média. Queremos que as pessoas possam ganhar mais. Queremos uma sociedade nivelada por cima e não por baixo”.

A terminar a sua declaração, o social-democrata voltou a realçar que da parte do PSD e do CDS “houve total esforço” e abertura para o diálogo com os restantes partidos. “Não contem com os grupos parlamentares do PSD e do CDS para atrasar a baixa de impostos e para fazerem da baixa de impostos dos portugueses um jogo partidário”, vincou. “Está na hora dos partidos se definirem. É hora da clarificação”.

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