[weglot_switcher]

Europeias: Rui Tavares apela ao voto e alerta que Europa está a chegar a uma encruzilhada

O líder do Livre absteve-se de fazer previsões sobre os resultados do seu partido, limitando-se a realçar a vontade de “contribuir para o debate sobre o destino da Europa a nível nacional e a nível do Parlamento Europeu”.
9 Junho 2024, 13h42

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, defendeu este domingo a importância destas eleições europeias, sublinhando que esta é uma oportunidade única para os eleitores europeus num continente que está a chegar a “um ponto de encruzilhada”.

“Está a chegar aquele ponto de encruzilhada em que os destinos da Europa se decidem. E por isso são eleições importantes, em que temos uma oportunidade única no mundo, que em mais nenhum outro continente existe e que devemos exercê-la”, afirmou aos jornalistas depois de ter votado na Escola Básica e Secundária Gil Vicente, em Lisboa.

Rui Tavares, sobre as suas expectativas para os níveis de abstenção, afirmou que “quanto mais importantes são as eleições, mais responsabilidade, mais dever temos de votar”.

“Não há maneira de dizer que estas eleições são mais importantes para a Europa do que pensarmos que ainda há pouco tempo tivemos uma pandemia, o papel da Europa foi tão importante, e antes disso tivemos uma crise financeira e temos agora uma guerra no nosso continente (…) e isso é que nos deve levar a votar”, frisou o líder do Livre.

Tavares sublinhou ainda que a facilitação do voto prevista pela desmaterialização dos cadernos eleitorais deve servir “para diminuir os pretextos para não votar”, mas que a “responsabilidade moral” para o fazer prende-se com “não deixar os destinos deste continente nas mãos de outras pessoas que não sejamos nós”.

O líder do Livre absteve-se de fazer previsões sobre os resultados do seu partido, limitando-se a realçar a vontade de “contribuir para o debate sobre o destino da Europa a nível nacional e a nível do Parlamento Europeu”.

“É um partido que se está a afirmar e eu não digo mais porque acho que este é o momento ainda das pessoas votarem”, acrescentou.

Questionado sobre a possibilidade destas eleições terem como resultado a ascensão de partidos de extrema-direita, Rui Tavares lembrou que nos “Países Baixos o que aconteceu foi precisamente o contrário” com “uma lista de esquerda verde europeia” a derrotar a extrema-direita.

O líder do Livre lamentou ainda que o debate sobre a Europa, em Portugal, não seja “levado mais a sério por toda a elite política, institucional e jornalística” e recordou que, nestas eleições, ao contrário do que “muitas vezes se fala”, não “vamos mandar deputados para a Europa”, porque a “Europa é aqui, nós estamos na Europa”.

“Não são deputados e deputadas que vão para um qualquer sítio estranho. Está-se na Europa aqui, em Caminha, em Cambedo da Raia, em Vila Real de Santo António, em Barrancos, está-se sempre na Europa, frisou.

Rui Tavares foi sozinho votar à Escola Básica e Secundária Gil Vicente, em Lisboa, onde, recordou, estudaram os irmãos e cruzou-se com vários conhecidos, aproveitando para os cumprimentar e trocar algumas palavras.

As mesas de voto para as eleições europeias abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.

Nos Açores, as mesas de voto abrem e encerram uma hora depois em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher 21 dos 720 eurodeputados do Parlamento Europeu.

Pela primeira vez, é possível votar sem ser na mesa de voto habitual, bastando apresentar um documento de identificação oficial com fotografia atualizada junto de qualquer assembleia de voto.

A estas eleições, para as quais se inscreveram para votar antecipadamente no passado domingo mais de 252.000 eleitores, concorrem em Portugal 17 partidos e coligações.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.