A candidata do Partido Popular Europeu (PPE) à Comissão Europeia congratulou-se com a vitória do centro-direita nas eleições europeias que hoje terminam, prometendo trabalhar para um “escudo contra os extremos, da esquerda e da direita” no Parlamento Europeu.
“Hoje é um bom dia para o PPE. Ganhámos as eleições europeias, meus amigos”, disse Ursula von der Leyen, numa reação na sede do partido de centro-direita, em Bruxelas, logo após uma primeira estimativa que aponta para uma vitória nas eleições europeias.
“O PPE é o grupo político mais forte do Parlamento Europeu, o PPE tem o maior número de líderes, (…) não é possível formar uma maioria sem o PPE e, em conjunto, vamos construir um escudo contra os extremos, da esquerda e da direita, vamos detê-los”, vincou a atual presidente da Comissão Europeia e candidata a um segundo mandato.
Após ter passado por 17 Estados-membros da União Europeia (UE) e 31 cidades em campanha, incluindo o Porto, a responsável vincou: “Somos o partido mais forte, somos a âncora da estabilidade”.
“Os eleitores reconheceram a nossa liderança durante os últimos cinco anos e esta é uma grande mensagem para todos nós”, adiantou Ursula von der Leyen, prometendo que, a partir de segunda-feira, o PPE irá “trabalhar para a Europa, para os cidadãos europeus, e para cumprir a sua missão”.
O PPE venceu as eleições europeias, que hoje terminam nos 27 Estados-membros da UE, ganhando 186 lugares, mais 53 do que os socialistas, revela uma primeira estimativa do Parlamento Europeu, que está a ser atualizada. Os primeiros dados indicavam 181 lugares para o PPE, mais 46 do que os socialistas.
Segundo a primeira projeção em atualização, divulgada esta noite, o PPE (que integra PSD e CDS-PP) mantém-se como a principal força política europeia, seguido pelo grupo dos Socialistas e Democratas (S&D, inclui o PS), que conquistou 133 lugares e continua como segunda maior bancada.
O Parlamento Europeu é a única instituição da UE eleita por voto direto.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
Nas anteriores eleições de 2019, foram eleitos 751 eurodeputados, quando o Reino Unido ainda fazia parte da UE, mas com a sua saída, passaram a existir 705 lugares.
Na legislatura que agora termina, o PPE tinha 176 eurodeputados, enquanto o S&D tinha 139. Seguiam-se o Renovar a Europa (102), os Verdes (71), o Conservadores e Reformistas (ECR, 69) e o Identidade e Democracia (ID, 49). A Esquerda Europeia tinha 37 parlamentares e havia 62 eurodeputados não inscritos.
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