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Venezuela: Produção de petróleo renasce com ajuda dos Estados Unidos

Apesar das sanções e das relações difíceis entre os dois países, os Estados Unidos da América têm concedido licenças a empresas para a exploração de petróleo na Venezuela.
Dado Ruvic/Reuters
21 Junho 2024, 14h49

A Venezuela está a passar por uma fase de renascimento na produção de petróleo, salienta o El Economista, esta sexta-feira. Apesar das sanções aplicadas pelos Estados Unidos, tem sido este país a contribuir para um aumento da produção.

As reservas venezuelanas estavam calculadas num número superior a 300 mil milhões de barris, um número que colocava este país na liderança mundial. Contudo a indústria passou por um grande declínio levando a uma redução da produção para menos de um milhão de barris por dia, longe dos 3,5 milhões de barris por dia que já teve.

O El Economista refere que o regresso do investimento estrangeiro pode levar a que a produção petrolífera da Venezuela volte a um milhão de barris por dia, algo que não acontece há mais de cinco anos, devido a fatores como as sanções, corrupção e má gestão.

O presidente da empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Pedro Tellechea, citado pelo El Economista, refere que a produção está acima de 950 mil barris por dia, e que brevemente deve atingir um milhão de barris.

A promessa do presidente do país, Nicolás Maduro, é de que a Venezuela venha a produzir dois milhões de barris de petróleo por dia em 2025.

Contudo, salienta o El Economista, existem números contraditórios sobre os atuais níveis de produção de petróleo. Por exemplo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) adianta que a produção esteve em 910 mil barris por dia no final de maio, tendo em conta fontes venezuelanas, mas fontes exteriores ao país apontam para uma produção que não passa os 820 mil barris por dia.

Tendo em conta as previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), a Venezuela tem tido um aumento na produção de petróleo. Em 2023 foi o terceiro ano consecutivo em que tal se verificou e um dos motivos que contribuiu para esse aumento foi o regresso da empresa Chevron. Contudo, a AIE diz que a produção deve manter-se nos 880 mil barris por dia até 2030 na Venezuela.

O El Economista diz que o aumento da produção de petróleo na Venezuela se deve em parte aos Estados Unidos. Embora tenham aplicado sanções o executivo está a conceder autorizações a algumas empresas para entrarem no país. Um desses casos foi a Chevron, a que se junta a espanhola Repsol e a francesa Maurel & Prom (M&P). O El Economista salienta que no caso da Repsol e da Maurel & Prom (M&P) a licença para explorar petróleo na Venezuela se deveu à aprovação dos Estados Unidos.

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