Os russos enfrentavam algumas das condições meteorológicas mais quentes registadas em mais de um século: esta quinta-feira, com Moscovo e segundo os respetivos serviços quebra-se um recorde de 1917 e cidades em todo o país do mundo registam temperaturas bem acima dos 35º Celsius.
Em Moscovo, onde as temperaturas podem chegar aos 40º Celsius negativos no lendário inverno russo, o mercúrio subiu para 32,7º no dia de ontem, quarta-feira, quebrando o recorde de 1917 em meio grau, disse o centro meteorológico FOBOS. O ano de 1917, que marca a revolução russa e a chegada ao poder de Vladimir Lenine, foi a todos os títulos um ano de brasa – com as ondas de ‘calor revolucionário’ a estenderem-se por toda a Europa. Principalmente para a Alemanha, onde os analistas de então antecipavam a probabilidade de uma réplica que pudesse acompanhar o calor sentido na Rússia – não aconteceu, mas podia ter acontecido.
Recordes (de temperatura) foram também quebrados desde a costa do Pacífico da Rússia e das selvas da Sibéria até à zona europeia do país, informou o FOBOS. O clima quente provocou uma procura crescente por aparelhos de ar condicionado e ventiladores, enquanto os moscovitas consomem quantidades recordes de sorvetes e bebidas geladas, refere uma reportagem da Reuters. Água foi distribuída aos passageiros no metro e em muitos comboios para ajudar os russos a suportar as temperaturas.
O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, pediu aos moradores da área metropolitana da cidade, que tem uma população de mais de 20 milhões de habitantes, para que tomem precauções e evitem sair de casa nos horários mais quentes do dia. Qualquer coincidência com eventuais ataques vindos do exterior é isso mesmo: uma coincidência. “Durante o dia, a temperatura do ar excederá a norma climática e subirá novamente acima de 30ºC”, disse Sobyanin. Demonstrando que o mundo russo está a passar por um período de fortes contradições, a projeção do clima em Moscovo para esta sexta-feira é de ocorrência de granizo!
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