O socialista que dirigiu a organização internacional para as migrações, António Vitorino considerou à “TSF” que o plano de Governo para as migrações é feito com “bom senso”.
“Eu vou dizer uma coisa que me vai custar algumas críticas na minha área política, mas acho que o plano do Governo para as migrações é feito com bom senso e, nesse sentido, é uma base de trabalho positiva. No tom e na narrativa. Falta agora passar aos detalhes e muitas vezes, como sabe, o diabo está nos detalhes”, sublinhou.
António Vitorino disse ser preciso “limpar os atrasos, os pendentes”. “Nunca fui um grande fã da manifestação de interesse. Devo confessar, é um método possível que foi aqui aplicado a Portugal. Tem uma vantagem e uma desvantagem. A vantagem, vou dizer isto assim, de uma maneira um bocadinho eufemística, é um método indolor de regularização contínua. Outros países fazem movimentos de regularização”, destacou.
“Nós próprios, portugueses, já fizemos. Mas tem um reverso da medalha, que é o efeito de chamada. Repare que neste mundo das migrações é muito frequente a palavra passar rapidamente dizendo onde é que há mais hipóteses e isso tem um efeito de atração. Manifestamente, o Estado português não estava preparado para responder a esse súbito efeito de chamada que ocorreu nos últimos nos últimos três anos. Portanto, a prioridade das prioridades agora é regularizar essas pessoas”, frisou António Vitorino
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