Os analistas contactados pela Lusa defenderam que a chegada ao poder do novo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, representa um bom momento político e económico para avançar com as privatizações no Brasil e demonstram uma expectativa positiva para estas vendas.
“Este é seguramente um bom momento político para fazer privatizações”, afirmou à Lusa Claudio Salles, presidente do Instituto Acende Brasil, um observatório do sector eléctrico do país, defendendo que a sociedade brasileira está “perante a evidência clara dos malefícios causados pelo uso abusivo das empresas públicas”.
Desde logo é apontado o caso da petrolífera estatal Petrobrás, envolvida nos últimos anos em casos de corrupção com o poder político brasileiro. Jair Bolsonaro foi empossado esta terça-feira, em Brasília, como Presidente do Brasil e já afirmou que a venda das empresas públicas e outros activos estatais pode ser a chave para equilibrar as contas públicas, apesar de garantir que não pretende “vender tudo”.
Para Cláudio Salles, os brasileiros já perceberam a “incapacidade dos governos” para gerirem as empresas públicas e do Estado para “realizar os investimentos” que estas precisam. O responsável do Instituto Acende afirma que ao Estado cabe garantir a Saúde, a Educação e a Segurança, pelo que o que não se enquadra nestas áreas, diz, deve ser privatizado. Fazendo o Estado o seu papel de controlo do mercado através da regulação e de regras de concorrência que “criem um ambiente competitivo saudável”.
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