A justiça francesa abriu uma investigação na sequência dos ataques que ocorreram na ferrovia em dia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, alertando que estas ações podem levar a penas de prisão até 20 anos e sanções que podem atingir os 450 mil euros.
A operadora ferroviária francesa SNCF confirmou, esta sexta-feira, ter sido alvo de “atos de vandalismo” nas suas linhas de alta velocidade, confirmando terem existido incêndios que tiveram a intenção de “provocar danos” nas suas instalações.
A operadora confirmou que foram atacadas linhas ferroviárias que ligam Paris a outras cidades como por exemplo Lille, Bordeaux e Estrasburgo, sublinhou a “Reuters“. Foi prevenido um ataque na linha entre Paris e Lyon.
“Vários atos maliciosos simultâneos” afetaram as linhas TGV Atlantique, Nord e Est tendo sido ateados “fogos criminosos que danificaram” estruturas das linhas de alta velocidade, explicou o grupo ferroviário em comunicado.
A operadora ferroviária já iniciou as reparações, nas linhas afetadas, mas adverte que a “situação deverá durar pelo menos todo o fim de semana enquanto decorrem as intervenções.
A empresa aconselha “todos os viajantes a adiarem a viagem e a não se deslocarem à estação”, especificando no seu comunicado que todos os bilhetes podem ser trocados e reembolsados.
A “BBC” avança que os investigadores, que estão a analisar o ataque à ferrovia de França, “vão focar a sua atenção” em ativistas e em extremistas, e até possíveis ligações à Rússia. O canal televisivo acrescenta que este ataque à ferrovia francesa está a ser encarado como sabotagem e não como terrorismo.
A France24 acrescenta, baseando-se em duas fontes da área da segurança, que o ‘modus operandi’ do ataque à ferrovia francesa faz com que as suspeitas recaiam sobre militantes de esquerda ou ativistas ligados ao ambiente, contudo as mesmas fontes sublinharam que ainda “não existem evidências” nesse sentido.
Calcula-se que estes ataques à ferrovia francesa possam afetar 800 mil passageiros, diz a “BBC”. A operadora estima que esta sexta-feira sejam afetados cerca de 250 mil passageiros.
O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, considerou os atos como “criminosos”, enquanto que o ministro do Desporto, Amelie Oudea-Castera, “condenou” os atos efetuados à ferrovia francesa. Já a polícia francesa disse que ia aumentar a segurança nas várias estações, adiantou a Reuters.
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