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CAP pede ao Governo que garanta “rendimento e sustentabilidade económica dos agricultores”

Em comunicado, a entidade sublinha que, nos últimos 20 anos, a “área total de cereais decresceu cerca de 350 mil hectares (-56%), 124 mil hectares dos quais nos últimos 10 anos”.  
31 Julho 2024, 22h35

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) pronunciou-se, em comunicado, sobre a situação económica “extremamente frágil” dos produtores nacionais de cereais, alertando o Governo sobre para um conjunto de questões, entre as quais a redução da área de cultivo, que perdeu 11 mil hectares (4%) no último ano.

Em comunicado, a entidade sublinha que, nos últimos 20 anos, a “área total de cereais decresceu cerca de 350 mil hectares (-56%), 124 mil hectares dos quais nos últimos 10 anos”.  

“Portugal tem historicamente um grau de autoaprovisionamento baixo em cereais, que é atualmente de cerca de 18%, sendo de 4% no caso do trigo mole e de 25% no caso do milho grão. Em alguns casos, a crescente exposição do nosso país à importação de cereais coloca-nos na dependência de países com elevada instabilidade política e comercial e não contribui para a desejada soberania alimentar da União Europeia, condição sine qua non da sua autonomia estratégica”, refere o Conselho Consultivo sectorial na mesma nota.

Perante estes problemas, o Conselho Consultivo sectorial da CAP pede ao Governo que “inverta esta tendência, garantindo o rendimento e a sustentabilidade económica dos agricultores, de forma a fomentar em todo o território uma diversificação cultural que permita implementar um mosaico variado de produções agrícolas, florestais e agroindustriais, fundamental, tanto do ponto de vista, como económico e social”.

Segundo a CAP, a revisão do atual PEPAC “é a oportunidade para melhorar a distribuição de valores alocados ao pagamento ligado aos cereais, tendo em conta a atual realidade geopolítica a nível mundial”.

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