A falta de mão-de-obra não é um problema novo no tecido produtivo nacional, sobretudo em sectores específicos como a construção e o turismo, e as alterações decretadas pelo Governo à política de migrações arriscam agravar ainda mais a situação. Com uma população envelhecida, o contributo dos imigrantes para a força de trabalho é determinante em várias áreas, levando estes sectores a pedir uma atenção redobrada e celeridade.
O Plano de Ação para as Migrações apresentado pelo Governo em junho prevê uma ‘via verde’ para a emissão de vistos para trabalhadores migrantes sinalizados por confederações e associações empresariais, mas nem por isso estas deixam de manifestar a sua preocupação com a questão, apontando à falta de pessoal e ao papel que os imigrantes desempenham no mercado laboral.
A construção, um dos sectores onde os trabalhadores estrangeiros mais pesam no total do emprego, diz-se “apreensiva” com as mudanças, sobretudo o fim da manifestação de interesse, defendendo que tal “condiciona severamente a contratação de trabalhadores estrangeiros”.
Falando numa falta de 80 mil trabalhadores no sector, o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, lembra que “em 2023, existiam 69.227 trabalhadores estrangeiros no sector, representando 23,2% do total”.
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