[weglot_switcher]

Companhias aéreas vão gastar 266 mil milhões em combustível este ano

A indústria deverá registar uma subida de 53% face ao período anterior à pandemia. Ainda que os dados da utilização de combustível se aproximem de 2019, a subida dos custos impacta as companhias. Estima-se que represente quase um terço das despesas em 2024.
12 Agosto 2024, 13h54

A indústria do transporte aéreo vai gastar em combustível um valor na ordem de 291 mil milhões de dólares (266 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual), em 2024.

De acordo com uma análise da plataforma “Stocklytics”, que cita um estudo da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), está em causa um aumento de 100 mil milhões de dólares desde o período anterior à pandemia. O valor corresponde a um incremento de 53% em cinco anos.

Em 2019, as empresas do sector gastaram cerca de 363 mil milhões de litros de combustível, que lhes custaram aproximadamente 190 mil milhões de dólares. O valor caiu para 80 mil milhões em 2020 (impactado pela pandemia) e caiu ainda mais no ano seguinte, antes de subir para 215 mil milhões de dólares em 2022.

Naquele ano, as despesas com combustível aumentaram 13% face a 2019, com a utilização de 291 mil milhões de litros. Nos dois anos seguintes voltaram a registar-se aumentos dos custos, mas o gasto de combustível recuou para níveis próximos dos de 2019. Assim sendo, as transportadoras estão a pagar mais por uma quantidade de combustível idêntica.

Dito isto, os custos combustível vão corresponder a quase um terço (32%) das despesas das operadoras do sector. Em 2019, representavam um quarto (25%).

Receitas também devem aumentar

Ao mesmo tempo que as companhias registam subidas no custo dos combustíveis, a procura por viagens também sobe. A IATA está a projetar um total na ordem de quase cinco mil milhões de passageiros em 2024, que significaria um aumento de 400 milhões face a 2019.

A previsão aponta ainda para receitas próximas de um bilião de dólares no presente ano, ou seja, mais 158 mil milhões de dólares do que cinco anos antes.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.