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Desemprego no Reino Unido desce inesperadamente no segundo trimestre

A taxa de desemprego britânica desceu para 4,2% entre abril e junho. Os economistas esperavam um aumento de 4,4% para 4,5%.
Reino Unido Londres
13 Agosto 2024, 09h06

O desemprego no Reino Unido desceu mais do que o esperado pelos economistas no segundo trimestre. Perante os sinais de uma economia britânica mais forte, a taxa de desemprego no Reino Unido desceu para 4,2% entre abril e junho, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo ONS (Office for National Statistics).

Nesses três meses, que foram o último trimestre antes das eleições de julho, estavam 1,435 milhões de pessoas desempregadas no país, o que corresponde a uma redução de 51 mil pessoas. Quanto ao emprego, aumentou em cerca de 97 mil pessoas para um total de 33,094 milhões.

“Houve uma descida da taxa de desemprego, que é agora inferior à de há um ano. Entretanto, registou-se um aumento modesto tanto no número total de pessoas empregadas como no número de empregados em folha de pagamentos no último trimestre”, comentou a diretora de estatísticas económicas do ONS no relatório publicado esta manhã.

“No entanto, o cenário no médio prazo mantém-se algo moderado, com a taxa de emprego ainda mais baixa do que há um ano e a taxa de crescimento do número de trabalhadores por conta de outrem a abrandar ao longo do ano, explicou Liz McKeown.

Os economistas esperavam que a taxa de desemprego britânica aumentasse de 4,4% para 4,5%.

O ONS prevê agora que as ofertas de trabalho no Reino Unido tenham diminuído entre os meses de maio a julho de 2024 em 26 mil para 88 mil. “O número de vagas de emprego continua a diminuir, embora o número total se mantenha acima dos níveis pré-pandemia”, detalhou Liz McKeown.

“O desemprego desceu inesperadamente para 4,2%, o seu nível mais baixo desde fevereiro, e consideravelmente melhor do que a previsão de 4,4% do Banco de Inglaterra, conforme descrito no Relatório de Política Monetária de agosto. Contudo, os decisores políticos atribuem atualmente pouca importância aos dados sobre o desemprego e os números devem ser encarados com uma “pitada de sal”, alerta o analista Michael Brown, da Pepperstone, em research consultada pelo Jornal Económico.

“Entretanto, o crescimento dos ganhos arrefeceu consideravelmente, e mais do que o esperado, em relação ao ritmo observado em maio, embora um grau significativo desse arrefecimento se deva a um forte efeito de base decorrente dos aumentos salariais do NHS [SNS] do ano passado, que não foram – ainda – repetidos para o mesmo grau”, refere o especialista

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