Digi duplica lucros para 54,3 milhões de euros no primeiro semestre

A empresa romena Digi Communications, que está a preparar a entrada oficial no mercado das telecomunicações em Portugal, teve lucros de 54,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa uma subida de 102% em relação aos 26,8 milhões de euros registados entre janeiro e junho de 2023.

As receitas da operadora com sede em Bucareste também aumentaram (+13%) de 809,3 milhões de euros para 918 milhões de euros na primeira metade deste ano. Por outro lado, as despesas operacionais, onde se incluem gastos com Portugal, também cresceram (+10%) para 817,3 milhões de euros.

“Expandimos a operação em Portugal, onde nos foram atribuídas radiofrequências no leilão de espectro móvel a partir de 2021. Estamos em processo de desenvolvimento das redes fixa e móvel e iniciaremos as operações numa data posterior”, referiu a empresa liderada por Serghei Bulgac sobre o mercado português.

Analisando apenas o segundo trimestre de 2024, os resultados líquidos subiram 80% para 28,8 milhões de euros. As receitas fixaram-se em 474,7 milhões de euros e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em 170,2 milhões de euros.

No relatório financeiro publicado esta quarta-feira, a Digi refere que em Portugal está “no bom caminho” com a preparação para o lançamento de serviços comerciais em 2024. “Na Bélgica continuamos o desenvolvimento da parceria e a construção de infraestruturas para sustentar o lançamento de serviços comerciais em 2024”, acrescenta sobre o outro país europeu onde também irá passar a operar.

Há duas semanas, a Digi Portugal fez um acordo de compra com a Lorca JVCO Limited para adquirir 100% das ações da Cabonitel por 150 milhões de euros. A aquisição inclui a Nowo Communications, o quarto maior operador de telecomunicações móveis e fixas em Portugal, que é detido pela Cabonitel, e serve cerca de 270 mil clientes de telemóveis e 130 mil clientes.

Em Espanha, um mercado que representa 40% do volume de negócios do grupo, a empresa faturou 369 milhões de euros no primeiro semestre do ano, mais 23% em termos homólogos, na sequência da portabilidade de cerca de 700 mil clientes que tinham contratos com outras operadoras.