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Mpox: Comissão Europeia garante apoio necessário aos países da UE e pede vigilância

“Hoje falei com o ministro dos Assuntos Sociais e da Saúde Pública da Suécia, Jacob Forssmed, para discutir os últimos desenvolvimentos após a notificação do caso mpox clade 1 na Suécia. A vigilância e preparação são de extrema importância”, escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
19 Agosto 2024, 15h31

A Comissão Europeia garantiu hoje “todo o apoio necessário” aos países da União Europeia (UE) perante eventuais casos importados de monkeypox (mpox), após a nova variante, mais perigosa, ter aparecido quinta-feira na Suécia importada de África, pedindo vigilância.

“Hoje falei com o ministro dos Assuntos Sociais e da Saúde Pública da Suécia, Jacob Forssmed, para discutir os últimos desenvolvimentos após a notificação do caso mpox clade 1 na Suécia. A vigilância e preparação são de extrema importância”, escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

“A UE continuará a prestar todo a apoio necessário”, garantiu a responsável.

A posição surge no dia em que a UE aborda novas medidas, numa reunião técnica em resposta à emergência de saúde pública internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) face ao atual surto de mpox na República Democrática do Congo.

A reunião é do Comité de Segurança da Saúde da União Europeia, composto por especialistas da Comissão Europeia e dos Estados-membros, que coordena a resposta rápida da UE às ameaças sanitárias transfronteiriças graves.

Na sexta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estimou ser “altamente provável” que a União Europeia tenha mais casos importados de mpox, após a nova variante ter aparecido na quinta-feira na Suécia importada de África.

“Numa nova avaliação de risco, o ECDC afirmou que é altamente provável que a UE/EEE [União Europeia e Espaço Económico Europeu] venham a registar mais casos importados de varíola causada pelo vírus da clade I que circula atualmente em África”, a variante mais perigosa da doença.

Ainda assim, o centro europeu refere que “a probabilidade de transmissão sustentada na Europa é muito baixa, desde que os casos importados sejam diagnosticados rapidamente e que sejam aplicadas medidas de controlo”.

Ainda na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde esclareceu que nenhum dos casos de mpox reportados em Portugal é da variante mais perigosa da doença (clade I).

Na quinta-feira, depois de a Suécia ter registado o primeiro caso de uma variante mais contagiosa e perigosa da doença, a OMS alertou para a possibilidade de serem detetados na Europa outros casos importados de mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.

A OMS já tinha declarado, na quarta-feira, o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, um alerta que foi inicialmente levantado em maio do ano passado, depois de a sua propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.

A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022.

O mpox transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infetadas, incluindo por via sexual.

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