O presidente da CrowdStrike, a empresa associada ao apagão dos sistemas Microsoft, considera que as declarações dos seus concorrentes de cibersegurança são “desonestas” e servem para tentar assustar os clientes e tirar-lhes quota de mercado na sequência do incidente informático.
Em declarações ao “Financial Times”, Michael Sentonas disse que as tentativas das tecnológicas concorrentes de utilizar o sucedido – que afetou 8,5 milhões de computadores no mundo – para promoverem os seus produtos são “equivocadas”, até porque nenhum fornecedor pode “tecnicamente” garantir que o seu software não causará um problema parecido.
“A nossa indústria é construída com base na confiança (…). No final de contas, as pessoas descobrem factos muito rapidamente, possivelmente, através de algum comentário shady“, referiu o CEO da CrowdStrike ao jornal britânico.
Em causa está o facto de empresas da mesma área de atividade, como a SentinelOne, terem aproveitado esta falha na CrowdStrike para se promoverem como uma alternativa mais segura. O CEO da SentinelOne acusou-a mesmo de “más decisões de design” e “arquitetura arriscada”, de acordo com a revista “CRN”.
Já o diretor de segurança da informação da SentinelOne, Alex Stamos, respondeu a Michael Sentonas que era “perigoso” para a CrowdStrike “dizer que qualquer produto de segurança poderia ter causado esse tipo de interrupção global”, através da redes social LinkedIn.
Há cerca de um mês, a agenda mediática foi marcada pela falha nos sistemas Windows causada por um problema técnico da CrowdStrike. Companhias aéreas, bancos, operadoras de telecomunicações, canais de televisão e outras empresas de serviços foram negativamente impactadas, o que levou a cidadãos sofrerem com voos cancelados, consultas hospitalares desmarcadas e interrupções nos programas que utilizam para trabalhar.
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