Engenharia biológica veio para impactar as empresas

As organizações em todos os sectores de atividade estão se a preparar para o impacto transformador da engenharia biológica, uma aplicação dos princípios da biologia e da engenharia juntamente com tecnologias de Inteligência Artificial (IA) e com técnicas computacionais baseadas em dados, para criar sistemas biológicos novos ou para os reformular para fins úteis.

Esta tecnologia tem como objetivo “aproveitar os avanços mais recentes que têm vindo a ser alcançados na área da bioengenharia para obter vantagens ambientais e melhorar a eficiência dos produtos”.

Esta é uma conclusão do estudo do reasearch institute da Capgemini sobre a bioeconomia. A pesquisa refere que 70% dos inquiridos esperam que as biosoluções possam vir a acelerar significativamente os seus progressos no cumprimento dos objetivos de sustentabilidade.

O estudo salienta que 96% das organizações já está à procura de biosoluções, com 40% em fase exploratória e 56% em fase de experimentação. Sendo esta uma área que tem vindo a ter os investimentos a aumentar, 68% dos gestores afirmam que as suas empresas planeiam aumentar os investimentos nos próximos dois a cinco anos.

Roshan Gya, CEO da Capgemini Invent, afirma que “a bioeconomia está num momento de viragem com a promessa de oferecer oportunidades ilimitadas às empresas, e os gestores estão atentos a isto. As biosoluções já nos permitem fazer inovações verdadeiramente revolucionárias em todo os setores e com impacto direto em múltiplos aspetos do nosso quotidiano”.

“No entanto, para aproveitarmos esta dinâmica e tornarmos as biosoluções comercialmente viáveis, são precisos mais investimentos. Com a IA generativa a aumentar a velocidade e a precisão dos processos de engenharia e a contribuir para reduzir os custos, a engenharia biológica está pronta para reinventar e transformar completamente as empresas nos próximos anos”, refere o CEO.