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HSBC: Português Nuno Matos deixa banco em 2025

Até agora gestor do Personal Banking e apontado como possível CEO, Nuno Matos passa a consultor da instituição com sede em Londres antes de a deixar no ano seguinte. ‘Dança das cadeiras’ é opção do novo presidente-executivo, Georges Elhedery.
29 Agosto 2024, 10h52

O gestor do Wealth and Personal Banking do HSBC, o português Nuno Matos, renunciou ao cargo para procurar novas oportunidades, avançou o banco esta quinta-feira, sendo esta uma das várias mudanças no topo da liderança da instituição financeira em vésperas de Georges Elhedery iniciar funções como CEO.

O HSBC substituirá Nuno Matos por Barry O’Byrne, atualmente CEO da área comercial, num sinal de que Elhedery está a procurar uma continuidade da estratégia em vez de introduzir uma grande reforma profunda.

“Suspeito que Georges vai querer que o HSBC pareça um cisne nos próximos cinco anos – estabilidade no topo, mas muita atividade debaixo d’água”, disse Ben Toms, analista da RBC Capital Markets, à agência “Reuters”. “Infelizmente, a estabilidade no topo provavelmente significa falta de oportunidades de curto prazo para a gestão ambiciosa e de alta qualidade. As notícias desta manhã são provavelmente um reflexo dessa opção”.

A área de negócio que O’Byrne vai assumir está no centro da estratégia mais ampla do HSBC de diversificar a origem das receitas, num momento em que a sua principal fonte, os empréstimos, deve cair – em sintonia com os cortes nas taxas de juros dos bancos centrais.

O HSBC pretende multiplicar os ativos sob gestão no negócio do património concentrado no mercado britânico para 100 mil milhões de libras (cerca de 130 mil milhões de euros) nos próximos cinco anos.

Nuno Matos, que ingressou no HSBC em 2015, chegou a ser apontado como candidato a CEO, fazendo parte de um grupo de candidatos internos que disputavam o lugar de Noel Quinn como presidente-executivo. O conselho acabaria por nomear o diretor financeiro, Georges Elhedery, para CEO.

Matos foi membro do comité executivo de 18 elementos do banco e atuou em várias de suas regiões mais importantes, incluindo Europa e América Latina. Segundo a “Reuters”, os analistas esperam que Nuno Matos passe a consultor ao longo de 2024 antes de deixar o grupo em 2025. John Hinshaw, diretor de Operações do grupo, e Elaine Arden, diretora de Recursos Humanos, ambos membros do comité executivo, também vão deixar o grupo.

Elhedery, que assume as rédeas oficialmente na próxima segunda-feira, dividirá as responsabilidades com duas novas funções do Comité Executivo do Grupo – direção de Informações (GCIO) e direção de Operações (GCOO). Stuart Riley foi nomeado para a função de GCIO, que assumirá a responsabilidade do segmento de Dados e Inovação. As funções atribuídas anteriormente ao COO passam a ser de responsabilidade do novo GCOO, que será nomeado posteriormente.

O sucessor de Elhedery como CFO, Jonathan Bingham, que também assume o cargo a 2 de setembro, é igualmente uma solução interna.

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