Os consumidores portugueses queixaram-se menos sobre comunicações na primeira metade deste ano. A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) registou 48,4 mil reclamações sobre serviços de comunicações no primeiro semestre de 2024, menos 11% em termos homólogos. A maioria das denúncias (62%) dizem respeito a comunicações eletrónicas, menos 20% do que no mesmo período do ano passado, e mais de um terço (38%) foram para os serviços postais (+12%).
O principal motivo das reclamações, tanto no primeiro semestre como no segundo trimestre, foram falhas no serviço de acesso à Internet fixa: 3,7 mil reclamações e1,76 mil reclamações (12%), respetivamente. Porém, os clientes também se queixaram da demora ou não resolução de reclamações; da demora ou reparação deficiente de serviços; e das dificuldades no exercício do direito de livre resolução dos contratos.
Em relação às empresas, CTT – Correios de Portugal (comunicação postal) e NOS (telecomunicações) foram as que receberam mais reclamações por escrito através da Anacom. Se analisarmos o segundo trimestre de 2024, a NOS foi o prestador de serviços que registou mais reclamações (5,4 mil reclamações, menos 11%, e 1,9 reclamações por mil clientes) e que recolheu 38% das queixas do sector. Segue-se a Vodafone, 4,9 mil reclamações, menos 23% e 1,3 reclamações por mil clientes.
Por outro lado, a MEO contabilizou o menor número de reclamações no sector (25% ou 3,5 mil reclamações), o que se traduz em 0,7 reclamações por mil clientes e menos 21%.
Entre abril e junho, a Anacom registou 23,2 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 9% do que em igual período de 2023 devido à redução de 18% das reclamações sobre comunicações eletrónicas para 14,2 mil. Já as reclamações sobre serviços postais voltaram a subir (+10%) para 9 mil reclamações. Os CTT foram responsáveis por 86% desse número: 7,6 mil, mais 9%.
“A DPD é responsável por 7% das reclamações, sendo o segundo operador postal mais reclamado. Neste trimestre registou 600 reclamações, menos 2% em termos homólogos. O conjunto de outros prestadores postais menos reclamados (UPS, General Logistics, CEP II, DHL, VASP Premium, Logista, Ibercourier, TNT, entre outros) representou cerca de 8% das reclamações do sector e viu aumentar as reclamações neste período em 29%”, lê-se no relatório da Anacom.
A principal razão (17%) das reclamações foi a falta de tentativa de entrega no domicílio. Os atrasos na entrega de correio normal nacional e o extravio de correio registado nacional também levaram a alertas por parte dos consumidores ao regulador liderado por Sandra Maximiano.
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